Alexandre O'Neill - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Alexandre O'Neill
Alexandre O'Neill
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Alexandre O'Neill (Lisboa 1924 – Lisboa, 1986) foi poeta e um dos fundadores do Grupo Surrealista de Lisboa. Desvincula-se do grupo a partir de Tempo de Fantasmas (1951), expressando o seu desagrado pelo rumo decadente em que o surrealismo mergulhara. A publicidade foi a maneira menos trabalhosa de ganhar sustento que o poeta encontrou, apesar de não criar nenhum vínculo afetivo com esta profissão. Fez da pátria e da crítica os seus temas mais constantes na poesia, editando, assim, A Ampola Miraculosa (1948), Poemas com Endereço (1962), Feira Cabisbaixa (1965), Portogallo Mio Rimorso (1966), Uma coisa em forma de assim (1985).

 
Textos publicados pelo autor
Divertimento com sinais ortográficos
poema de Alexandre O'Neill (1924-1986)

Da autoria do poeta portuguêsAlexandre O'Neill (1924-1986) esta sequência de poemas-comentário, em tom lúdico, sobre os sinais ortográficos. Apresenta-se uma adaptação em vídeo, seguida da transcrição parcial do poema.

 

 (...)

?
Serás capaz
de responder a tudo o que pergunto?

?
Gosto de quem responde
antes de perguntar...
 
 ,
Quando estou mal disposta
(e estou-o muitas vezes...)
mudo o sentido às frases,
complico tudo...
 
 ¨

O adjectivo

Dá-me de comer.
Se não fora ele
O que houvera de ser?

(...)

Poema de Alexandre O'Neill (Lisboa 1924 – Lisboa, 1986), transcrito do livro No Reino da Dinamarca, editado em 1958.

O adjectivo? Que horror

quando não é incisivo
quando atira para o vago
o pobre substantivo

(...)