António Carlos Cortez - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
António Carlos Cortez
António Carlos Cortez
3K

Poeta, ensaísta e crítico literário português.

 
Textos publicados pelo autor
Quem deve leccionar Português? Um contributo
Para não o transformar numa disciplina onde vale tudo

Em Portugal, os professores de Francês, Inglês, Alemão e Espanhol vão poder dar aulas de Português no 3.º ciclo e ensino secundário, nos casos em que ainda existam alunos sem aulas nesta disciplina, conforme resolução que a Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE) tornou pública em 14/01/2020. A Associação de Professores de Português considerou que «à partida, não é uma má decisão», mas entre os atuais docentes da disciplina há vozes discordantes. É o caso de António Carlos Cortez, poeta, crítico literário e professor, que toma posição no artigo de opinião que a seguir se transcreve, publico no jornal Público em 22/01/2020.

Uma reflexão sobre o acto de ensinar

«(...) Com a enxurrada de questões inócuas de gramática e exercícios de audição que infantilizam e tornam artificial o próprio acto de ouvir (não percebem que os adolescentes acham ridículo semelhantes práticas de ensino?), e de escrever, este tipo de provas fere de morte o ensino do português (...)», escrevo autor neste artigo-reflexão sobre os resultados das provas de aferição de Português para 8.º ano de escolaridade, em Portugal.

[in de 10 de agosto de 2016, com o título "Provas de aferição: para uma reflexão sobre o acto de ensinar".]

Ainda os exames de Português: o analfabetismo funcional

Continuando as apreciações que fez acerca dos Exame Nacional de Português do 12.º ano no Público (artigo disponibilizado também aqui)António Carlos Cortez publica novo texto em 24/07/2016 no mesmo jornal, tecendo comentários muito críticos sobre a (má) situação da disciplina de Português, conforme indiciam os muitos erros e lacunas de aprendizagem que os alunos revelam na escrita, na construção do discurso e na interpretação de textos.

O que se escreve e como se escreve <br>nos exames nacionais de português

« (...) Em cinquenta exames corrigidos [no Exame Nacional de Português do 12.º ano deste ano] o número de negativas ascenda a mais de 40%. Destes 40% mais de metade são provas com níveis inferiores a sessenta pontos em duzentos. É grave e, por muito que se fale em rigor e exigência, como é que podemos calar (nós, professores) a preocupação e a revolta quanto ao actual estado a que a língua portuguesa chegou? (...) »

[artigo que se transcreve com a devida vénia do jornal "Público" de 19 de Julho de 2016. Respeitou-se a norma seguida pelo jornal, anterior ao Acordo Ortográfico.]