António Guerreiro - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
António Guerreiro
António Guerreiro
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António Guerreiro (Santiago do Cacém, 1959) licenciou-se em Línguas e Literatura Moderna – Português/Francês – pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1986, ingressou como assistente da cadeira de Introdução aos Estudos Literários na Escola Superior de Educação do Porto. Entre 1989 e 2013, foi crítico literário e jornalista cultural do semanário Expresso. Colunista do jornal Público, no suplemento cultural Ipsílon.

 
Textos publicados pelo autor
A língua e os seus proprietários
Herança imaterial de quem a fala

«Nós, portugueses, não somos propriamente herdeiros da língua, como são os outros falantes do português: ela faz parte de nós, por essência e natureza, enquanto os outros têm que se reconhecer como herdeiros, por histórica doação. [Uma] língua não pertence a ninguém, ninguém se pode crer seu proprietário. E isso é uma lei universal e o melhor que lhe pode acontecer porque é isso que lhe dá movimento e energia. O colonizador não possui a língua, impõe-na como sua a partir de um gesto histórico de usurpação natural.»

Artigo do crítico literário António Guerreiro, in Público do dia 17 de dezembro, a  propósito do que escreveu o jornalista Miguel Sousa Tavares no semanário Expresso, intitulado "Eu, estátua, indefesa e silenciosa".

Empatia
Sobre o imoderado uso de um termo próprio da psicologia e da estética

 «A passagem da palavra empatia de um uso técnico e erudito para um uso corrente, induzido pela linguagem dos media, é um daqueles fenómenos que podia ser estudado por uma sociologia linguística» – escreve neste apontamento o autor,  publicado no suplemento Ípsilon, do jornal Público, no dia 9 de agosto de 2019.

Contra o acordo infame

«O Acordo entrou em vigor por força da lei, em obediência a uma construção ideológica chamada lusofonia, mas não por força da aceitação pelos cidadãos e da aprovação pelas instâncias de carácter científico. Na história da nossa democracia, não há procedimento tão absurdo e tão próprio de um poder totalitário como este.» Palavras que o jornalista António Guerreiro escreveu para o jornal Público de 13 de maio de 2016.

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

Ah, o jornalismo!

O atual jornalismo esquece-se de que o discurso político é uma linguagem que exige consciência crítica – é uma das conclusões do jornalista português António Guerreiro, em artigo publicado em 17/07/2015 no jornal Público.

Texto publicado no semanário “Expresso” de  21/07/2012, a propósito da polémica Teresa Gersão vs. Maria Helena Mira Mateus.