Textos publicados pelo autor
A regência do verbo abalroar
Pergunta: No dicionário de verbos portugueses da Porto Editora – 1.ª edição, de 1999, pág.687 –, a regência indicada para o verbo abalroar é com. E dão um exemplo de frase: «O navio de passageiros abalroou com a traineira». Há muito que 'adoptei' (e sou 'gozado' por isso) essa regência. Contudo, por todo o lado e especialmente na imprensa, ouvimos notícias do género: «O autocarro abalroou o táxi'» A minha questão é: não se deveria dizer , antes, «O autocarro abalroou com o táxi»?
Com os...
«Pessoas a pedir/a pedirem ajuda»
Pergunta: Gostava de ter um comentário a estes quatro títulos de jornal, um deles, o primeiro, de hoje mesmo, no Correio da Manhã.
Há menos médicos a pedirem a reforma.
Há menos pessoas e empresas a entrar em insolvência.
Há menos famílias sobre-endividadas a pedirem apoio à Deco.
Há mais pessoas a pedir ajuda por sofrerem agressões dos filhos.
A mim parece-me que o correto seria «há menos médicos a pedir a reforma». Mas numa busca na Internet parece que há títulos idênticos para vários gostos [...].
Obrigado...
Os infinitivos precedidos de preposição
e o pronome pessoal átono (clítico) Pergunta: A frase «O senhor João compromete-se a cumprir as regras no que diz respeito ao conteúdo do equipamento, que lhe é fornecido pela empresa, bem como a não estragá-lo ou transferi-lo», uma construção que é muito comum, mas, a meu ver. está errada. Ela não deveria terminar com «bem como a não o estragar ou [a não o] transferir»? Este exemplo que apresento acima é um erro, a respectiva construção é facultativa, ou é a única solução possível? Indico mais dois exemplos. Para mim, o correcto (e única solução possível)...
e o pronome pessoal átono (clítico) Pergunta: A frase «O senhor João compromete-se a cumprir as regras no que diz respeito ao conteúdo do equipamento, que lhe é fornecido pela empresa, bem como a não estragá-lo ou transferi-lo», uma construção que é muito comum, mas, a meu ver. está errada. Ela não deveria terminar com «bem como a não o estragar ou [a não o] transferir»? Este exemplo que apresento acima é um erro, a respectiva construção é facultativa, ou é a única solução possível? Indico mais dois exemplos. Para mim, o correcto (e única solução possível)...
A sequência pronominal «se-vo-la»
(«enviou-se-vo-la») Pergunta: Peço que me elucidassem sobre a validade do seguinte raciocínio, com base num artigo publicado recentemente neste portal: «Enviou-se-vos a embalagem», «Enviou-se-vo-la», «Enviou-se-vos ela». Por outras palavras, inquiro-vos sobre a gramaticalidade da terceira premissa («Enviou-se-vos ela»), a qual, ainda assim, me não parece correta... Obrigado.Resposta: Do ponto de vista gramatical, são corretas tanto «enviou-se-vo-la» como «enviou-se-vos ela». Pelo seguinte: 1. A...
(«enviou-se-vo-la») Pergunta: Peço que me elucidassem sobre a validade do seguinte raciocínio, com base num artigo publicado recentemente neste portal: «Enviou-se-vos a embalagem», «Enviou-se-vo-la», «Enviou-se-vos ela». Por outras palavras, inquiro-vos sobre a gramaticalidade da terceira premissa («Enviou-se-vos ela»), a qual, ainda assim, me não parece correta... Obrigado.Resposta: Do ponto de vista gramatical, são corretas tanto «enviou-se-vo-la» como «enviou-se-vos ela». Pelo seguinte: 1. A...
A origem da expressão «a eito»
Pergunta: Domino a origem e significado da palavra eito. Gostaria que me explicassem a origem (história) da expressão idiomática «a eito», cujo significado também domino.Resposta: A palavra eito vem do «lat[im] ictus, us 'golpe, choque; compasso marcado; raio (do Sol); pulsação'» (Dicionário Houaiss, s.v. eito). O seu uso na locução «a eito» (= «ininterruptamente») tem o mesmo modelo que outras expressões que definem modos de fazer:...
