Entrevista a Evanildo Bechara, gramático e membro da Academia Brasileira de Letras, no Programa do Jô (Rede Globo) em 2008.
Pontos mais salientes:
Entrevista a Evanildo Bechara, gramático e membro da Academia Brasileira de Letras, no Programa do Jô (Rede Globo) em 2008.
Pontos mais salientes:
Volta e meia aparecem críticas – quase sempre tolas ou mal argumentadas – ao acordo ortográfico de 1990. Agora que um inócuo e lamentável decreto, assinado em 27 de dezembro, prorroga até o fim de 2015 o prazo da transição de suas bases no Brasil, acreditamos que aproveitem esses críticos o intervalo para, estudando-as melhor, não lancem tantas injúrias desconexas a um texto preso a uma tradição mais que centenária.
O noticiário da imprensa portuguesa veicula as razões que levaram numerosas personalidades da cultura do país a assinar o Manifesto-Petição contra o Acordo Ortográfico de 1990 [cujo protocolo modificativo foi ratificado pela Assembleia da República, no dia 16 de Maio de 2008] pelo qual se propõe a unificação ortográfica nos países de expressão oficial de Língua Portuguesa. (...)
Um representante da Academia Brasileira de Letras, Evanildo Bechara, considerou hoje que «as divergências ortográficas só podem gerar confusões no público».
Este linguista brasileiro falava durante uma conferência internacional/audição pública na Assembleia da República, organizada pela comissão parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura para promover a reflexão sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Obra dedicada «aos colegas de magistério, aos alunos e ao público estudioso de língua portuguesa», esta nova edição (a 37.ª) «revista, ampliada e atualizada» da Moderna Gramática Portuguesa, de Evanildo Bechara, editada pela primeira vez em 1961 — e que consta na Montra de Livros (edição de 2002) — sobressai pela «atualização no plano teórico da descrição do idioma» e pelo «enriquecimento por trazer à discussão e à orientação normativa a maior soma possível de fatos gramaticais levantados pelos melhores estudiosos da língua portuguesa», segundo palavras do autor no prefácio a esta edição.
Organizada à roda de cinco vastos capítulos que se debruçam sobre as diferentes áreas de estudo da gramática actualizadas segundo as novas terminologias linguísticas (I – Fonética e Fonologia; II – Gramática Descritiva e Normativa; II – Pontuação; IV – Noções Elementares de Estilística; V – Noções Elementares de Versificação), esta última edição destaca-se pelo estudo dedicado à Ortografia (pp. 91-108), tendo como base o novo acordo ortográfico, em que é feita uma análise de casos geradores de dúvidas (tais como: o uso do H (III), as consoantes mudas (IV), o SC (V), as letras dobradas rr, ss, cc e cç (VI), as vogais nasais (VII), os ditongos (VIII), os hiatos (IX), os parónimos e vocábulos de grafia dupla (X), os nomes próprios (XI), o apóstrofo (XII), o hífen (XIV), o acento grave (XVI), a supressão dos acentos em palavras derivadas (XVII), a divisão silábica (XVIII), as regras de acentuação (XX).
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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