Fernanda Câncio - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Fernanda Câncio
Fernanda Câncio
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Licenciada em Comunicação Social pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Jornalista do Diário de Notícias, desde 2004, colaborou também noutros meios da comunicação social, como a Visão, o Jornal de Letras, a Cosmopolitan, a Marie Claire e a Egoísta. Foi comentadora residente dos programas de debate da TVI24 A Torto e a Direito e 25.ª Hora e participou, como entrevistadora, no programa Agora a Sério, do Canal Q, Como autora, publicou Até Não Perceber: 15 Histórias de Verdade a Caminho da Ficção (2007) e Sermões Impossíveis (2010), entre outros.

 
Textos publicados pela autora
Dobrar a língua

«(...) A língua não é neutra e muito menos "natural" [, foi] construída com base em conceitos; no caso, o de que as mulheres são menos pessoas, menos cidadãs que os homens» – considera a jornalista Fernanda Câncio, em crónica publicada no Diário de Notícias de 22/04/2016, alusiva à polémica desencadeada em Portugal pela proposta do Bloco de Esquerda no sentido da mudança da denominação do cartão do cidadão, considerada «sexista».

[Sobre esta mesma querela, cf. Gramática ainda não tem sexo e O sexo das palavras.]

Dentro daquela lógica de dividir o mundo entre dois tipos de pessoas, as palavras "difíceis" fazem um bom trabalho.

Infelizmente, nos dias que correm, e pelo menos no que a Portugal respeita, a desproporção entre os grupos chegou ao ponto de um deles estar em vias de extinção. Que é como quem diz decesso. Sabia o caro leitor, antes de ler estas linhas, o que quer dizer decesso?