Textos publicados pelo autor
António Vieira
O céu 'strela o azul e tem grandeza. Este, que teve a fama e à glória tem, Imperador da língua portuguesa, Foi-nos um céu também. No imenso espaço do seu meditar, Constelado de forma e de visão, Surge, prenúncio claro do luar, El-Rei D. Sebastião. Mas não, não é luar: é luz do etéreo. É um dia; e, no céu amplo de desejo, A madrugada irreal do Quinto Império Doira as margens do Tejo.
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A nossa magna lingua portugueza *
A nossa magna lingua portugueza
De nobres sons é um thesouro.
Seccou o poente, murcha a luz represa.
Já o horizonte não é oiro: é ouro.
Negrou? Mas das altas syllabas os mastros
Contra o ceu vistos nossa voz affoite.
O claustro negro ceu alva azul de astros,
Já não é noute: é noite.
26-8-1930...
Propriedade da Linguagem
As palavras estrangeiras, entendendo por estrangeiras as que, não sendo portuguesas, não são contudo gregas nem latinas (ou árabes?), são de três espécies:
a)As que são absolutamente estrangeiras e ou não susceptíveis de nacionalização (como whisky, kirsh, que são paralelas, na matéria, a apelidos estrangeiros e aos nomes de terras estrangeiras que não tiveram nome latino ou grego como o são às citações em língua estrangeira, que haja necessidade de fazer), ou podendo t......
