O subtítulo desta divertidíssima recolha do também autor de Em Português nos (Des)entendemos — As melhores expressões regionais da língua portuguesa ilustra logo à partida o propósito explícito na sinopse do seu mais recente livro: a preservação desse «fabuloso tesouro que é o falar nortenho», cujas gentes «se topam à légua pela forma como tratam as vogais e uma consoante em particular, mas também [por serem] donos de um vocabulário muito próprio».
Alguns exemplos mais sugestivos (e desconhecidos pela generalidade de quem não viva «onde não só nasceu Portugal como foi gerada a que havia de ser a língua de Camões»), por ordem alfabética conforme a estrutura da obra: «À ramaldense», «abechucho», «arencu»; «bater a caçoleta», «botar os olhos», «bufagata»; «carcaralho», «calhandrina», «caramilho»; «dar um balote», «deita-lhe lenha», «descalçadela»; «emboligar», «és de Braga», «estrôbo»; «falar para a central», «fonha-se», «Fredo Brilhantinas»; «gabeijo», «geraldina», «guardar o defunto»; «há sempre um testo para cada panela», «helicópetero», «hipipotado»; «ir como um stuka», «ir guardar os pitos ao abade», «ir medir caixotes»; «jeco», «jorca»; «larada», «lésero», «limpar o salão»; «malota», «mandar abaixo de Braga a sete léguas»; «não me toques», «nascida», «nichada»; «ocaia», «o teu pai é careca», «ovo estrelado»; «pagar for ao cabido», «pataqueira», «pincel»; «que punha!», «quinhentinhos», «quiquerichar»; «ratrocosa», «rodilhona», «roncar como um camúrsio»; «sabes mais do que a Lúcia», «sarrabulhada», «semelé»; «tá certo, senhor Alberto», «tás-te a pôr a cavalo num quarto de sêmea», «tia maria»; «um neca», «umanamula», «unhante»; «vai mamar na quinta pata do cavalo, «vigairada», «vir ao cheiro»; «xona», «xudairo», «xuxar a toca»; «zé broa», «zobaida», «zorrão».
Termos e expressões do, assim considerado pelo autor, ...