Leonídio Paulo Ferreira - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Leonídio Paulo Ferreira
Leonídio Paulo Ferreira
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Textos publicados pelo autor
Quando português é sinónimo de doce
O impacto da expansão de Portugal na doçaria asiática

«[...] [N]um banquete por volta de 1600, o grão-mogol, imperador da Índia, se deliciava com cajus trazidos de Goa, onde tinham chegado, via caravelas portuguesas, do Brasil, terra do fruto acaju dos índios tupis» – refere Leonídio Paulo Ferreira, refletindo sobre as interações culturais no império português do séc. XVI e a propósito de um artigo do jornal indiano The Telegraph que evidencia a influência portuguesa sobre a doçaria de Calcutá (leste da Índia).

Crónica publicada no Diário de Notícias, em 21 de outubro de 2021.

Uma língua que cresceu 27 vezes
O interesse pelo português no passado e na atualidade

«Será possível (...) que as empresas portuguesas não tenham vantagem em poder usar uma língua que é falada por países que juntos equivalem ao sexto PIB na hierarquia das potências económicas?» Pergunta o jornalista Leonídio Paulo Ferreira na reflexão com que assinala o Dia Mundial da Língua  Portuguesa de 2021, publicada no Diário de Notícias em 5 de maio de 2021, e aqui transcrita com a devida vénia.

Ler também Dia Mundial da Língua Portuguesa em 2021 (07/05/2021).

Português. Quanto vale a língua mais falada no hemisfério sul?
Os falantes e os estudantes do idioma em números

«(...) [O]s grandes volumes de estudantes de Português fora dos nove países da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) vêm de países com comunidades de emigrantes como a França, a Suíça ou os Estados Unidos, mas além dos gigantes asiáticos, gigantes populacionais mas também económicos, existem mais alguns casos de verdadeiro sucesso da aprendizagem [entre eles, o Senegal e a Espanha]» – afirma Leonídio Paulo Ferreira neste artigo publicado no Diário de Notícias no Dia Mundial da Língua Portuguesa, em 5 de maio de 2021.

Ler também Dia Mundial da Língua Portuguesa em 2021 (07/05/2021).

Jesuíta português na base da escrita vietnamita
Foi o inventor do alfabeto romanizado anamita chamado quôc-ngu

Chamava-se Francisco de Pina, natural da Guardaem 1585, tendo entrado para a Companhia de Jesus, em 1605. Terá chegado à então Cochinchina – região no sul do atual Vietname –  por volta do ano de 1618, onde desenvolveu a sua atividade até à sua morte, em 1625, na cidade de Da Nang, afogado no mar enquanto tentava resgatar convidados em um barco naufragado. Tendo aprendido a língua local, o anamita (chamado quôc-ngu), estudou-a a fundo e a ele se deve, em grande parte, a adoção oficial de um registo romanizado e distinto do chinês, como é o atual vietnamita.

[Artigo publicado no Diário de Noticias de de 4 de maio de 2020 + A Língua Portuguesa na base escrita do vietnamita]

Recordações do jovem Eanes para goeses lerem em português no jornal <i>O Heraldo</i>
O diálogo necessário para salvaguardar a herança cultural de Goa

«Natural e inteligente será, também, que ultrapassados os "ajustes históricos" e as suas 'contas', Goa e a sua juventude, em especial, entendam que a cultura do seu povo se enriquece, sempre, na relação histórica e civilizacional-cultural com outros povos, nomeadamente com o povo português, com o qual percorreu séculos de história.» É a citação que o jornalista Leonídio Paulo Ferreira na síntese de um artigo que Ramalho Eanes, antigo presidente da República em Portugal (entre 1976 e 1986) escreveu para edição em português do jornal goês O Heraldo e que também foi traduzido para a versão em inglês do mesmo diário.

Apontamento publicado no Diário de Notícias  de 25 de janeiro de 2021.