Textos publicados pela autora
A propósito da vírgula nas orações relativas
Ao sustentar esta controvérsia com o dr. José Neves Henriques, não me sinto numa posição confortável.
O dr. José Neves Henriques é um estudioso da Língua Portuguesa e já deu sobejas provas dos conhecimentos que tem sobre ela. Com as suas explicações no Ciberdúvidas, aprendi muito e espero continuar a aprender. Pelo contrário, eu entrei como consultora para o Ciberdúvidas praticamente na mesma altura em que manifestei a min......
Detalhe: «horrível galicismo»?
Pergunta: Em Português fui ensinado a dizer pormenor, em vez desse horrível galicismo do “detalhe”.
Quem mo ensinou foi Gaspar José Machado, nos idos de 1943... Será resultado dos sucessivos "acordos"??Resposta: A dinâmica da língua ultrapassa necessariamente a ratificação feita pelos acordos ortográficos. A propósito desta palavra, achamos interessante apresentar opiniões diversas de estudiosos da língua:
No Grande Dicionário de Língua Portuguesa, de José Pedro Machado, da...
Não há regra sem excepção/exceção
Agradeço ao dr. José Neves Henriques as suas amáveis palavras. É através da controvérsia, certamente, que todos aprendemos, uma vez que ela nos obriga, como diz, "a observar, a pensar, a estudar e a resolver"; é também esse o meu objectivo, e é por isso mesmo que, mais uma vez, me permito discordar da sua explicação....
Recém-nascido
Pergunta: Reparei, há tempos, numa opção de um autor de um Glossário em que se contempla a expressão "recém-nascido" como um exemplo de palavra derivada por prefixação. Tendo em conta que "recém" poderá ser considerado um adjectivo (se bem que não usado isoladamente) com sentido autónomo e inequívoco, não poderia esta expressão ser considerada como uma palavra composta?
Confundem-me, ainda, algumas situações de morfemas considerados prefixos mas cujo sentido é mais completo que "in-", "ex-" ou "per-" – como no caso de...
Ainda a vírgula de Saramago
Não concordo de modo algum com a explicação dada pelo consultor José Neves Henriques sobre esta questão. Independentemente de a vírgula estar correcta ou não (e eu acredito que sim, que esteja correcta), ela está lá entre o sujeito e o predicado. A expressão «uma língua que não se defende» é o sujeito de «morre» e não pode ser considerada, portanto, uma expressão isolada entre vírgulas, ou seja, intercalada....