Miguel Tamen - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Miguel Tamen
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Miguel Tamen ensina no Programa em Teoria da Literatura e no Departamento de Literaturas Românicas da Universidade de Lisboa. Escreveu cinco livros. Os mais recentes são The Matter of the Facts (2000) e Friends of Interpretable Objects (2001).

 
Textos publicados pelo autor
O Cânone
Por António M. Feijó, João R. Figueiredo e Miguel Tamen (eds.)

Começa António M. Feijó por afirmar no primeiro ensaio deste volume que, em relação a uma literatura nacional e à avaliação das suas obras, um cânone corresponde ao «elenco de nomes de autores dignos de se ler» (p. 11). É uma definição sucinta que a presente publicação da Fundação Cupertino de Miranda e das Edições Tinta da China, fazendo eco de O Cânone Ocidental (1994) de Harold Bloom, ilustra com 64 ensaios, maioritariamente dedicados a autores que os editores e ensaístas participantes1 têm como os mais importantes da literatura portuguesa.  A expressão definida do título – O Cânone – promete instaurar uma situação de arrogante unicidade referencial que o arranjo gráfico da capa, iconicamente evocativo de pirâmides hierárquicas, acaba por desmentir com ironia.

No seu interior, este livro constitui uma seleção de autores (uns já esperados e outros nem sempre óbvios) associada a temas literários cuja abordagem se pauta por uma deliberada heterogeneidade de perspetivas que justificam o posto dos eleitos nos lugares cimeiros. O Cânone inclui, assim, os nomes de Agustina Bessa‑Luís, Alexandre Herculano, Alexandre O’Neill,

Entrevista publicada no jornal "i" de 24 de abril de 2012 do diretor do programa de Teoria da Literatura da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Nela, considera o Acordo Ortográfico (AO) «um desastre», insurgindo-se contra a sua adoção nas universidades portuguesas.  A entrevista conduzida pelo jornalista Nelson Pereira, sob o título  “A lusofonia é uma espécie de colonialismo de esquerda”. Manteve-se a grafia segundo a norma de 1945 seguida ainda pelo jornal.