De como o estrangeirismo vintage atropelou o vernáculo antigo ou clássico.
Professora portuguesa, licenciada em Filologia Românica, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, com tese de mestrado sobre Eugénio de Andrade, na Universidade de Toulouse; classificadora das provas de exame nacional de Português, no Ensino Secundário.
De como o estrangeirismo vintage atropelou o vernáculo antigo ou clássico.
Na maioria dos filmes em cartaz em Lisboa, verifica-se que, nos títulos, o português perde terreno para o inglês, numa tendência que já leva anos e que tem vindo a piorar.
A propósito de um episódio em que não era tasse, mas tá-se, que também não era tá-se mas está-se. E, ainda, um outro de um tive que devia ser um estive, mais o recorrente tropeção na precaridade.
A final da Taça da Liga portuguesa… denominá-la em inglês?!...
«O nem por isso é a alforreca das respostas negativas. O que mais enfurece nela é a falta não-absoluta de significância», glosava Miguel Esteves Cardoso, na sua crónica no jornal "Público", do dia 21/07/2014: «"Nem por isso": toda a gente sabe o que quer dizer, mas qual é o "isso" por que ocorre o "nem"? (...)» Quatro anos depois, voltou ao tema, para ele ainda não esclarecido, da falta de lógica gramatical desta expressão de uso corrente na coloquialidade dos portugueses. Dela e de outras similares aborda o texto a seguir.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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