Wilton Fonseca - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Wilton Fonseca
Wilton Fonseca
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Jornalista português nascido no Brasil, é licenciado em Filologia Românica (Faculdade de Letras de Lisboa) onde lecionou Introdução aos Estudos Linguísticos, Sintaxe e Semântica do Português. Foi diretor de Informação das agências noticiosas Anop e NP, chefiou os serviços de comunicação das fundações Gulbenkian e Luso-Americana para o Desenvolvimento. Foi chefe de Informação (PIO) das missões de paz das Nações Unidas em Angola, Timor-Leste, Kosovo e Burundi. Foi diretor-geral da Leya em Angola.

 
Textos publicados pelo autor

«Acontecimento maior do noticiário internacional da altura, a discussão do orçamento espanhol “virou” discussão “dos pressupostos espanhóis”». Uma má tradução reveladora da falta do serviço regular da agência de notícias portuguesa, em greve nesse dia.

 

«Não há mitigação possível para aquilo que não é mitigável», lembra o jornalista Wilton Fonseca, a propósito da alegada «suavização» das medidas de austeridade em Portugal, anunciadas pelo ministro das Finanças, Vitor Gaspar. In jornal “i” de 15/10/2012.

 

O ministro Gaspar disse M-I-T-I-G-A-R. Já se sabe que à rapidez das suas palavras não corresponde – directa ou indirectamente – o significado das mesmas. Foi o que se viu. Mais uma vez.

Um parecer do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida, sobre contenção de custos no Serviço Nacional de Saúde em Portugal (nomeadamente na medicação em doentes terminais), deu azo à confusão entre «racionalização» e «racionamento», aqui abordado pelo jornalista Wilton Fonseca, no jornal “i” de 8-10-2012.

 

«Como flagelo que será motivo de muitíssimas notícias no futuro, o desemprego já deveria estar a ser tratado com respeito e consideração […] Para fazer referência à taxa, o jornalista pode dizer “a taxa do desemprego em Portugal é elevada, se comparada com a taxa europeia”; mas não pode deixar a taxa de lado e dizer “o elevado número do desemprego”, para significar o elevado número de desempregados.» alerta Wilton da Fonseca na sua crónica no jornal português <a href="http://www.ionline.p...

«Um disse “modelar”, o outro disse “modular” […]. Apesar de pouco exigentes – na escolha dos seus governantes e dos jornais que compram – os leitores sabem que com “modelação” ou com “modulação” vão acabar por abrir o bolso ainda mais e continuar a ser servidos por quem não tem respeito pela língua portuguesa.» Os equívocos à roda do uso dos dois verbos são tema da crónica do jornalistas  Wilton Fonseca,  publicada no jornal i de 24 de setembro de 2012.