Sei que este espaço é um espaço dedicado à língua portuguesa, mas já li em muitos dos vossos artigos referências a transliterações ou traduções de línguas estrangeiras. Assim, e não querendo abrir precedentes para vós indesejáveis, rogava-vos veementemente apenas que me atestassem que «vera veritas» em latim é uma tradução aceitável para «a verdade verdadeira».
Habituei-me a ouvir, em Coimbra, a seguinte expressão «Não consigo com este peso» (em substituição de «Não posso com este peso»). Eu própria a utilizei e fui corrigida, o que agradeci.
No entanto, pedia o favor de me indicarem se a expressão está realmente incorrecta.
Esse trecho do poema de Cecília Meireles pode ser considerado como uma prosopopeia?
«E as borboletas sem voz
Dançavam assim veludosamente.»
Sobre as explicações de D’ Silvas Filho quanto ao uso da (/) barra na língua portuguesa, ficou-me uma dúvida acerca da interpretação de uma frase. Diz o seguinte:
«As pontuações previstas nas alíneas "a.1"/ "a.2" e "b" não poderão ser contadas de forma cumulativa. »
Pergunto ao senhor: Qual o entendimento da frase? O que eu não posso cumular? Apenas "a.1" com "b" e "a.2" com "b" ou também não posso cumular "a.1" com "a.2"?
Na minha interpretação, o uso da (/) barra entre "a.1" e "a.2" permite que elas sejam cumuladas.
É isso mesmo? Estou correto na minha interpretação?
Pelo mesmo motivo por que se diz «é hora de a onça beber água», poderia eu dizer «faz-se referência a a auditoria ter sido conduzida corretamente»?
Não sei exatamente o porquê, mas imagino que a resposta à minha indagação seja negativa. No entanto, soa-me no mínimo estranho dizer «faz-se referência à auditoria ter sido conduzida corretamente». Parece-me que, assim como na primeira frase não se junta de com a (por o verbo estar no infinitivo – aliás, olha aqui a mesma dúvida: «por o» ou pelo?), também na segunda não se deveria juntar a preposição a com o artigo a.
Qual a frase correta?
«Sem sinais e sintomas cardíacos.»
«Sem sinais ou sintomas cardíacos.»
«Sem sinais e/ou sintomas cardíacos.»
Qual das seguintes frases está correta?
a) Aquele do qual enaltecemos as qualidades e minimizamos os defeitos.
b) Aquele de quem enaltecemos as qualidades e minimizamos os defeitos.
«Sentar na mesa», ou «sentar à mesa»? Se for «à mesa», porquê?
Tenho uma dúvida acerca da correcção do exame nacional de português do 12.º ano. Enderecei a dúvida ao GAVE, que me disse que "da questão colocada não decorre necessidade de esclarecimento", algo que é em si mesmo ridículo. Para mais, a dúvida parece-me legítima. Confiante de que a equipa do Ciberdúvidas, que muito prezo, me poderá esclarecer sobre a questão, decidi enviar-vos este e-mail.
A dúvida é a que se segue.
Como é que a resposta correcta à pergunta 1.1 das perguntas de escolha múltipla da versão 2 pode não ser a A? Afinal, ainda que no texto seja feita referência a uma defesa da Peregrinação, essa coincide na repreensão de que o autor é alvo por relatar acontecimentos falsos. Não coincidirá noutra repreensão que outras leituras críticas façam da obra, mas por certo coincide na repreensão de que o autor é alvo por relatar acontecimentos falsos, já que é escrita em defesa do autor, motivada por se afirmar em leituras críticas que Fernão Mendes Pinto relata acontecimentos falsos. Coincide, assim, nessa repreensão, que, sublinhe-se, não é uma repreensão qualquer: é a repreensão de que o autor é alvo por relatar acontecimentos falsos. Não a subscreve? Não.
Mas aborda-a. Incide nela. "Co-incidem" – as leituras da obra – nessa repreensão.
Na qualidade de encarregada de educação, venho colocar uma dúvida, embora acabe de ter conhecimento que o Ciberdúvidas se encontra interrompido; no excerto que se segue, como se classifica a oração sublinhada («Porque logo a filha revelou espíritos por de mais alevantados...»)?
«Os próprios pais de Amância o acharam; mas sem se atreverem a tentar qualquer pressão sobre o espírito da filha. Porque logo a filha revelou espíritos por de mais alevantados na filha de um modesto amanuense, declarando não corresponder Domingos ao seu "ideal".»
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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