Uma expressão muito comum no Brasil, «ontem cheguei cedo em casa», que em Portugal se dirá «cheguei cedo a casa», pode considerar-se correcta?
Poderia citar outros exemplos de diferenças no português de ambas as nações, mas fico-me apenas por um, que me parece claramente um galicismo, enquete, que é muitíssimo utilizado no Brasil com o sentido que, em Portugal, damos a inquérito.
Já a palavra treinamento me parece legítima, apesar de não ser utilizada em Portugal, mas, sim, a sua "prima" treino...
Creio que é pela forma "forte" como no Brasil se pronunciam as vogais, incluindo na última sílaba, que ambas as formas da expressão «todo o mundo», que em Portugal leva o artigo definido o e no Brasil se escreve simplesmente «todo mundo», soam aos nossos ouvidos de forma quase idêntica.
De qualquer forma, é ou não necessário o uso desse artigo definido?
Muitas vezes, em textos de origem brasileira, deparo-me com a utilização da palavra parada, em situações em que em Portugal se usaria paragem. Por exemplo: «O trabalhador deu entrada no hospital após desmaio, tendo falecido no dia seguinte com parada cardíaca.»
Podemos usar qualquer uma das duas palavras indiscriminadamente, ou trata-se de um uso específico do português do Brasil? Ou é, simplesmente, um erro?
Deve dizer-se «elaborar um porta-fólio reflexivo de aprendizagem ou de/das aprendizagens»? Coloco esta questão por ser mediadora de um curso Efa e sentir a necessidade de informar devidamente os formandos.
Com o segmento «a própria ciência, mais e melhor do que ninguém, poderá prever, evitar e diminuir os riscos» [Carlos Fiolhais (2011), A Ciência em Portugal, Lisboa, Fundação Francisco Manuel dos Santos, página 64], o enunciador recorre à modalidade epistémica, ou deôntica?
Ao ser questionado sobre um conhecimento (adquirido naturalmente), eu respondi «sei, porque sei», querendo dizer que eu simplesmente sei, porque aprendi, sem esforço algum.
A minha colocação «sei, porque sei» foi recebida como erro da língua portuguesa. É uma redundância? Posso dizer?
No Sermão de Santo António aos Peixes, no primeiro capítulo, surgiu a seguinte pergunta: «Está o sal a cumprir a sua função? Justifica.»
Estou na dúvida, pois penso que é possível responder sim e não, uma vez que: «Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra não se deixa salgar.»
Agradeço o vosso esclarecimento.
Na frase «Este relatório não propõe nada [sobre? de? a? em? …?] como economizar nos custos energéticos», qual a preposição que o verbo propor deve reger?
Surgiu uma dúvida sobre a contração da preposição em na seguinte frase:
«Ela vive em Porto Santo.»
Há quem defenda que se deve dizer «Ela vive no Porto Santo» (eu, por exemplo). No entanto, concordo que se diga «Ela vive em Machico».
Já tentei tirar a dúvida nas gramáticas, mas não fiquei elucidada. Gostaria que me explicassem.
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