Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Semântica
João Carlos Amorim Reformado Lisboa, Portugal 3K

Tropeçando há dias num artigo de opinião intitulado "Os efeitos da Turistificação de Lisboa" (jornal Público, 25/11/2016), e como o encontrei dicionarizado, pergunto: "turistificação" está bem formado? E, se sim, então também é aceitável o verbo "turistificar"? Agradeço um comentário a mais este(s) termo(s) do... "turistiquês" .

P.S. — No mesmo artigo vinha outra palavra, "gentrificação" que, confesso, também desconhecia de todo.

Diogo Morais Barbosa Estudante Lisboa, Portugal 3K

É cada vez mais comum eu ler e ouvir frases como a seguinte: «Se não chego a tempo, tu morrias».

O facto de o verbo chegar se encontrar no presente tem algum fundamento? Ou é apenas um recurso informal/coloquial?

Tenho de vos agradecer, uma vez mais, o vosso excelente trabalho. Parabéns.

Patricia Moreira Estudante Lisboa, Portugal 45K

Vejo nos manuais que a forma correta é: «em frente de».

Eu moro em frente dos correios.

Eu sento-me em frente da minha mãe.

No entanto, eu oiço diariamente «em frente a»:

Eu moro em frente aos correios.

Eu sento-me em frente à minha mãe.

É aceitável dizer «em frente a», ou devo evitar o usar a locução «em frente de»?

Maria Celeste Catarino Lisboa, Portugal 2K

Gostaria de ser esclarecida na seguinte dúvida: será correto dizer «cinquenta e tal anos» ou será, antes, «cinquenta e tais anos»?

E porquê?

Muito obrigada desde já pela resposta.

António Duarte Farmacêutico Guarda, Portugal 1K

Deverão designar-se como «agregados plaquetários» ou «plaquetares» os aglomerados de plaquetas que ocorrem por vezes em amostras sanguíneas ? Ou poderão ambas as designações usar-se sob a capa da especificidade do tema?

Grato.

Gabriel King Estudante Brasil 36K

Qual o significado da expressão «em meio a», quais seus sinónimos, e como deve ser usado ?

João Nunes Informático Lisboa, Portugal 3K

Para mim, estaria claro que o significado de temporão seria o oposto de serôdio e até está já contemplado numa resposta que o confirma com o sentido que lhes atribuo. Poderiam assim ambos ser considerados como hipónimos do hiperónimo extemporâneo?

No entanto, ao consultar a primeira palavra numa edição do dicionário Houaiss de 2003, da Temas e Debates, que me foi oferecida há alguns anos, encontro serôdio simultaneamente como sinónimo/variante e como antónimo («... SIN/VAR como adj. atrasado, serôdio, ...ANT. como adj. adiantado, antecipado, precoce, prematuro, serôdio...») . Pareceria uma troca entre as duas entradas não fosse o elemento comum. Segundo erro?

Isto trouxe-me à memória uma referência, numa tertúlia televisiva que julgo ter sido ainda anterior à referida oferta, em que alguém da área de letras (uma senhora, que não nomeio porque não estou certo de quem seria), dizia recusar-se a recorrer à edição portuguesa, preferindo a original brasileira, por aquela estar de algum modo adulterada. Poderá ser o caso?

Luiz Gustavo Assistente Administrativo São Paulo, Brasil 25K

Gostaria de saber acerca do uso correto do termo «em seguida» ou «seguida(o)(s)». Qual é a maneira correta de relatar um fato que ocorre seguidamente ou consecutivamente?

Por exemplo, qual é a frase correta?

«A Ponte Preta venceu dez jogos em seguida», ou «a  Ponte Preta venceu dez jogos seguidos»?

Obrigado.

Leitor identificado Lisboa, Portugal 13K

Em francês existem as palavras régulation e réglementation. Mas não vejo tradução exata para as duas em português...

Por exemplo, tendo em conta a falta de regulação e a falta de regulamentação, aceita-se que se use os termos  «a-regulação» e «a-regulamentação», respetivamente?

No primeiro caso, pretende-se dizer que o fluxo, o caudal, não foi regulado. No segundo, que não se dotou o sistema de regras, de leis.

Será que a língua portuguesa não é tão subtil como a francesa? Esses termos  deviam ficarentre aspas? Seria obrigatória uma nota em rodapé explicativa desses termos? (...)

N. E. – Excecionalmente, não se indica o nome do consulente, que, embora tenha enviado dados de identificação, pediu confidencialidade sobre os mesmos aos editores do Ciberdúvidas.

Fernando Bueno Engenheiro Belo Horizonte, Brasil 5K

Veja-se a seguinte frase:

«Esta não é notícia que se possa nem se deva divulgar.»

Veja-se esta outra (em que se altera a posição do advérbio não):

«Esta é notícia que não se possa (pode) nem se deva (deve) divulgar.»

Minha dúvida se situa justamente sobre a aparente necessidade de se empregar o tempo no indicativo (que me parece soar melhor) em virtude da simples modificação da posição do advérbio na frase.

Gostaria de um esclarecimento, o qual desde já agradeço.