Análise sintática do verso «Gato que brincas na rua...» (Fernando Pessoa)
Gostaria de saber qual a função sintática desempenhada pelo pronome relativo que no verso «Gato que brincas na rua». Penso que tu será o sujeito nulo subentendido de «brincas».
Obrigada.
«Observar-se ao espelho» vs. «observar-se no espelho»
Qual a regência verbal de observar-se? É correto dizer-se «ele observa-se no espelho», ou só poderemos dizer «observa-se ao espelho»?
Obrigado!
Concordância verbal com um sujeito composto
«A disposição dos móveis, os enfeites de cristal, as estatuetas de bronze, tudo isso e o mais que não me ficou na memória, cumpria bem a finalidade de dar requinte à peça.»[1]
No período acima, poderia o verbo cumprir fazer a concordância canônica no plural (já que há claramente dois núcleos de sujeito: «tudo isso e o mais...»)?
Qual regra que se aplica no caso de concordância no singular?
Obrigado.
[1 N.E. – A pedido do consulente, a pontuação da frase foi ligeiramente alterada. Na versão inicial, apresentava-se uma vírgula antes de «cumpria». A resposta tem em conta a versão sem vírgula, mas segue-se-lhe uma nota de comentário à nova frase.]
Expressão do grau na frase
«... [isso] é demasiado alto para perdermos a batalha»
«... [isso] é demasiado alto para perdermos a batalha»
Na seguinte frase retirada de um texto «O ambiente deprime, porque está o que está em jogo é demasiado alto para perdermos a batalha de transição», gostaria de saber se o vocábulo para introduz uma oração subordinada adverbial final.
Obrigada.
Orações introduzidas por donde
Muitas dúvidas me coloca a palavra “donde”. Usada como sinónimo de “daí”, “do que se conclui”, deve ou não ter vírgula a seguir? E o verbo, como fica?
Podem esclarecer-me através dos exemplos seguintes, por favor?
1. Os fenómenos deterministas ou causais caraterizam-se pelo facto de os efeitos serem consequências de causas, donde, conhecidas as causas, conhecem-se / conhecerem-se também os efeitos.
2. Os fenómenos aleatórios caracterizam-se pela incerteza que envolvem, donde não é / ser possível determinar antecipadamente os resultados das experiências individuais. (Com ou sem vírgula a seguir ao “donde”?)
3. A classificação dos acontecimentos (…) é um tanto subjetiva na medida em que depende da avaliação de cada pessoa, donde esta categorização dos acontecimentos deve / dever ser vista como uma aproximação. (Com ou sem vírgula a seguir ao “donde”?)
4. Temos que 18÷6=3 e 24÷6=4. Donde, os números 3 e 4 são / serem primos entre si. (Com ou sem vírgula a seguir ao “donde”?)
5. Os ângulos A e B não têm apenas um lado em comum, pois o ângulo A está contido no ângulo B, donde não são / serem adjacentes. (Com ou sem vírgula a seguir ao “donde”?)
6. Donde, adicionando as frequências absolutas correspondentes às idades de 13 e 14 anos, tem-se / ter-se: 10 + 5 = 15 alunos.
7. Quando giramos a roleta, o ponteiro pode parar em cada um dos seus números, mas não sabemos antecipadamente qual desses números assinalará. Donde, trata-se/ tratar-se de uma experiência aleatória. (Com ou sem vírgula a seguir ao “donde”?)
8. São pequenas as chances de se ver um elefante, donde trata-se / tratar-se de um acontecimento improvável. (Com ou sem vírgula a seguir ao “donde”?)
Agradeço muito o esclarecimento. Bem hajam.
A identificação do complemento indireto
na frase «prestam atenção a tudo»
na frase «prestam atenção a tudo»
Na frase «Elas prestam atenção a tudo», o constituinte «a tudo» é um complemento oblíquo, um complemento indireto ou um complemento do nome?
O uso da expressão «ilustre desconhecido»
Primeiro, quero saudar a contribuição desta plataforma para a promoção da língua portuguesa.
Gostava de saber se é errado ou incoerente dizer «ilustre desconhecido».
A regência de esforçar-se
Desde já agradeço a atenção e louvo o excelente trabalho prestado.
Na frase «Ele esforça-se para obter resultados», devemos classificar a oração subordinada como adverbial final ou podemos considerá-la uma substantiva completiva, uma vez que parece ser argumento do verbo esforçar-se.
Muito obrigada
«... (onde/aonde) meu amo não tenha mandado te procurar»
Na frase abaixo, qual advérbio melhor se emprega: onde ou aonde?
«Pela vida de Javé, teu Deus, não há nação nem reino aonde (onde) meu amo não tenha mandado te procurar (...)»
Obrigado.
O pronome se e o verbo supor
na frase «cujas consequências se supõe graves e irrecorríveis»
na frase «cujas consequências se supõe graves e irrecorríveis»
«A advertência é própria para deixá-lo ciente do que se trata aqui, nestas páginas minguadas: um fugidio colóquio entre duas almas femininas – simples, corriqueiro e brando –, mas cujas consequências se supõe graves e irrecorríveis.»
Na frase acima o verbo supor está bem no singular?
Antecipadamente agradeço.
