A sintaxe de fazer-se (= «fingir»)
Em relação à frase «As meninas se fazem de difícil», eu creio que ela esteja errada, mas ao inverter, ela parece estar correta. Sendo assim: «As meninas, de difícil, se fazem.» Mas se «difícil» é um adjetivo, o mesmo não deveria concordar com o nome com o qual está ligado? Ou seja, a frase não deveria ser: «As meninas se fazem de difíceis»? Além dessa dúvida, gostaria de saber também se «de difíceis» está funcionando como predicativo do sujeito. Se não estiver, qual é sua função na frase? Obrigado desde já.
Os termos linguísticos diatético e comitativo
Parabéns pelo vosso profissionalismo e pelo carinho que mostrais, em nome da Língua Portuguesa. Ao consultar um livro de exercícios do 10.º ano, Caderno de Actividades – Das Palavras aos Actos, encontrei a seguinte terminologia: «valor diatético da expressão passiva» e «valor aspectual durativo-comitativo» (pág. 22). Não tenho qualquer referência sobre o valor diatético nem sobre o valor aspectual comitativo. Agradeço desde já a vossa ajuda.
A vírgula para identificação do antecedente de um pronome relativo
«Sigo o fogo do teu corpo, que aquece a noite e dissipa a cerração.»
Gostaria de saber se a vírgula colocada em «corpo» está correcta, dado que pretendo dizer que é «o fogo» [«do teu corpo» (atributo?)] que aquece, e não «teu corpo».
Grato e parabéns pelo "site".
A diferença entre torna-los e torna-os
Nas frases «Tu torna-los a comprar para a semana» e «Torna-os teus servos, ó Rei!», qual a diferença/regra entre cada umas das conjugações pronominais? Obrigada! Parabéns pelos 9 anos a esclarecer quem tem (ainda) sede de conhecimento!
Sobre uma forma popular do pronome clítico os
Estou a rever um livro que tem muitas palavras em calão, e estou na dúvida se acentuo ou não as formas verbais, porque elas deixam de ser esdrúxulas; ex.: «podíamozos» (neste caso não sei se é uma falsa esdrúxula e se posso acentuar) e «passavamozos». Agradecia a maior brevidade possível na vossa resposta, obrigada!
Um caso de oração completiva com o verbo pensar
Na frase «penso que irás conseguir», a palavra «que» é – uma conjunção consecutiva – um pronome relativo – uma conjunção integrante – uma preposição?
Os determinantes, de novo
Na expressão «O teu pai e o meu....» – creio [ter dúvidas]. No caso de "o" e "teu " antes de “pai”, o primeiro é um determinante artigo definido, e o segundo, determinante possessivo. Em relação a "meu", este é um pronome possessivo, mas se "o" antes de "meu" acompanha um pronome e não há nenhum nome, deixa de ser determinante artigo definido ou passa a ser só artigo definido?
A expressão «acabar por último»
Vi uma notícia que assim começava: «O antigo ditado que os bons acabam por último não é exatamente verdadeiro. Pesquisas mostram que pessoas agradáveis podem ter mais sucesso no trabalho.» Ao ler a primeira frase, imediatamente entendi que os bons acabam, mas por último, pois os outros acabaram antes, o que seria vantagem para aqueles. Somente ao ler a segunda sentença percebi o sentido de prejuízo para os bons. Consultei um dicionário e percebi que «acabar por último» é vantagem para os bons se o verbo foi usado como intransitivo, e que é desvantagem se o verbo foi usado como transitivo (com o objeto "ocultado"). Está correto este meu entendimento? Grato pela atenção.
Sobre as locuções prepositivas
Expressões como «Antes de» (que, neste caso, exprime uma circunstância de tempo) podem ser consideradas locuções adverbiais (por exprimirem uma determinada circunstância) ou são locuções prepositivas (porque terminam em preposição)?
Sobre sala de aula/sala de aulas
Acabo de ler a resposta A expressão «sala de aula/aulas» e fiquei com dúvidas. Se é indiferente «Sala de aula e salas de aulas», também será indiferente «Sala de jantar e sala de jantares», «quarto de banho e quarto de banhos»... “Quid iuris"?! Se estiver errado, as minhas desculpas e pedido de correcção.