DÚVIDAS

«Clépsidra» ou «clepsidra»?
No Vocabulário Ortográfico e Remissivo da Língua Portuguesa, Gonçalves Viana abona a forma "clépsidra", ao passo que o actual Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, embora a registe, sobre ela anota que é uma variante «não preferível de 'clepsidra'». No entanto, Rebelo Gonçalves, no seu ainda inultrapassável Vocabulário da Língua Portuguesa, consigna a acentuação paroxítona, não deixando, porém, de acrescentar que se trata de uma «acentuação consagrada pelo uso: a correcta seria 'clépsidra'». Posto isto, duas são as minhas questões: 1.ª – Hodiernamente, ainda coexistem as formas proparoxítona e paroxítona,conforme se depreende do constante do Dicionário Houaiss? 2.ª – Em que regra se fundaram Gonçalves Viana e Rebelo Gonçalves, ao reputarem como correcta a forma "clépsidra"? Antecipadamente grato,   N.E. O consulente escreve segundo a norma  ortofráfica de 1945.
Guileje (e não "Guiledje")
Povoação no Sul da Guiné-Bissau, na região de Tombali, junto à fronteira com a Guiné-Conacri, Guileje foi um importante aquartelamento das tropas portuguesas durante a guerra colonial. Construído em 1964, foi sitiado e tomado pelo PAIGC em 22 de Maio de 1973. No tempo do colonialismo, escrevia-se Guileje (vd. página com a carta da Guiné dos Serviços Cartográficos do Exército (1961). Os guineenses e os cooperantes portugueses na Guiné-Bissau têm hoje tendência para escrever Guiledje ou até Guiledge. Vd. por exemplo: http://didinho.no.sapo.pt/guinegadamael.html http://www.adbissau.org/projectoguiledje.php Pergunto ao Ciberdúvidas: qual é a grafia correcta?   N.E. O consulente escreve segundo a Norma de 1945.
Alfanzil
Na zona histórica de uma localidade do Centro de Portugal existe uma Rua do Alfanzil, termo cujo significado desconheço. Havendo outrora o cargo de alvazil (juiz ordinário), será admissível relacionar os dois vocábulos? Isto é, do ponto de vista fonético, há alguma probabilidade de que alfanzil possa corresponder a uma evolução de alvazil? Desde já agradeço a vossa resposta ou a indicação de como poderei esclarecer esta dúvida.
Assimptota (o uso e a regra)
Quero, antes do mais, felicitar todos aqueles cujo empenho impediu o Ciberdúvidas de acabar. Faço votos de que continue por muitos e bons anos a prestar o seu inestimável serviço em prol da Língua Portuguesa. A minha dúvida prende-se com a palavra «assimptota». Sou professor de Matemática e sempre ouvi e pronunciei esta palavra como esdrúxula. Em conformidade, sempre escrevi “assímptota”, com acento no i. Notei, contudo, que, nos exames oficiais da disciplina, a palavra era escrita sem acento, pelo que resolvi consultar a base de dados do Ciberdúvidas para esclarecer a questão. Ao fazê-lo, deparei com duas respostas algo contraditórias: o Prof. Manuel Portilheiro, sendo matemático, informa que sempre escreveu "assímptota", ao passo que o Prof. José Neves Henriques, filólogo, apresenta o fundamento etimológico pelo qual se deve considerar «assimptota» uma palavra grave. Posto isto, a minha questão é a seguinte: Uma vez que, do Secundário ao Superior, a pronúncia de «assimptota» como palavra esdrúxula é de uso generalizado entre professores e alunos de Matemática, que grafia se deve adoptar? "Assímptota", "assíntota" (grafia adoptada pelos Brasileiros) ou «assimptota» (caso em que haveria discrepância entre o que se escreve e o que se pronuncia)? Com os melhores cumprimentos,   N.E. O consulente escreve segundo a Norma de 1945.
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