DÚVIDAS

As diferenças na pronúncia medieval em relação ao português moderno
Gostaria de saber quais as diferenças genéricas na pronúncia de um texto de uma cantiga de amigo para o português moderno. A cantiga em questão apareceu-me musicada pelo compositor Frederico de Freitas e chama-se Ay Deus val. Se a resposta for muito extensa e, consequentemente, difícil de obter aqui, a quem ou a que entidade me poderei dirigir para receber esta informação? Já tenho cantado muitas obras desta época e verifico que a pronúncia é feita de mil e uma maneiras diferentes de acordo com a vontade do director artístico do projecto, mas não segundo regras ou fundamentos válidos. Grata pela atenção.
Frequência e linguiça
Estava para ser aprovado pelo governo no final de 2007, mas mais uma vez foi adiado. A língua portuguesa escrita tem muitas regras pouco claras. Como português, desconhecia que no Brasil se escrevia lingüiça, tendo uma leitura de acordo com o que dizemos, e que o acordo quer abolir. Gostaria de saber porque é que: — freqüência, que se diz "frecuência", se deve escrever frequência. — lingüiça, que se diz "lingu-iça", se tem de escrever linguiça. Gostaria de aprofundar o tema, mas penso que este Acordo Ortográfico de 1990 deve ser revisto.
Ainda a pronúncia da palavra anexim
Volto de novo com a pronúncia da palavra anexim. Desta vez, sem querer subestimar a pronúncia do português no Brasil, peço desculpa pela questão apresentada anteriormente, salientando a pronúncia das vogais mudas. Não me esqueci da inexistência destas no Brasil, mas a questão tinha surgido no território do continente português, e aqui é mesmo assim. Há vogais mudas. Aproveito a ocasião para a questão apresentada da aproximação desta pronúncia com as línguas eslavas. Gostaria até que, se fosse possível, pudesse obter o comentário abalizado de quem de direito, sobre a esta influência. Parece-me que foi mais a presença árabe que marcou esta pronúncia. O árabe, não tendo vogais, utiliza na sua escrita sinais gráficos para marcar a "sonorização" das consoantes, conforme se trata de "a", "i" ou sem som (mudo); para este último o sinal gráfico utilizado denomina-se "sukune". De facto, conhecendo nós a história da longa dominação árabe na Península Ibérica, somos mais de crer que essa influência venha daí, da presença árabe.
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