No fragmento «Só acredita em fumaça quando vê fogo», o termo quando indica condição para que a ação se realize, ou o tempo em que as ações ocorrem?
Por quê?
Numa campanha publicitária de grande divulgação presentemente a decorrer em Portugal é utilizada a expressão «se eu podia viver sem algo?». Esta expressão está correcta? E a expressão «poderia eu viver sem» é mais correcta, ou não?
Gostaria de saber se deveremos utilizar «Eu noutro dia fui a Lisboa...» ou «Eu outro dia fui a Lisboa...», pretendendo dizer que, num passado recente mas não definido, estive naquela cidade.
Muito obrigado.
Queria felicitar-vos pelo excelente trabalho que fazem, pois o Ciberdúvidas é ferramenta muito útil para quem tem dúvidas na língua portuguesa. Gostaria de saber quando redigimos um texto e utilizamos as formas verbais no pretérito perfeito. Devemos manter esse tempo verbal até ao fim?
E na frase «Mas como lá não havia universidade, iria viver para Lisboa para poder tirar o curso», a forma "iria" está correcta? Não posso substituir por "foi"?
Obrigada.
Queria saber a regra que se aplica se, na passagem do discurso directo para indirecto, o verbo estiver no pretérito imperfeito do modo indicativo.
Obrigado pela vossa atenção!
«Tudo começou há não mais que seis semanas. Num café da manhã de prosaica frugalidade. Terá havido outros sinais? Se os houve, confesso humildemente: não os percebi.»
Está correto o «terá havido» na frase acima, ou seria melhor «teria havido»?
Obrigado.
Gostaria de saber qual é maneira mais correta de dizer: «amanhã pela manhã», ou «amanhã de manhã»?
Acredito que posso dizer indiferentemente as seguintes frases:
«Às segundas tenho aula de Português.»
«À segunda tenho aula de Português.»
(Expressão de hábito)
«Na segunda (dia 13 de Outubro) tenho que ir ao médico.»
«Segunda (dia 13 de Outubro) tenho que ir ao médico.»
(Dia determinado)
Porque usamos «na segunda»/«segunda»?
Aí vão os meus sinceros agradecimentos!
Consultando as respostas anteriores, verifiquei a resposta 7647 em que o consultor José Neves Henriques faz uma explanação sobre condicional e pretérito e as diferenças existentes em Portugal e no Brasil.
Atualmente, compulsando o volume 3 da série Soltando a Língua, do professor Sérgio Nogueira, verifiquei que a de NGB (Nomenclatura Gramatical Brasileira), em 1959, tornou o futuro do pretérito a denominação oficial para o antigo "condicional" já em desuso e traz alguns exemplos:
1) Ele dizia que não viria (dizer = pretérito imperfeito; vir = futuro do pretérito);
2) Ele disse que não viria, possibilidade usada pela imprensa quando não se sabe ao certo se ele virá...
Há até um exemplo para se evitar ambigüidades, principalmente na imprensa: «Segundo o médico, a causa da morte seria traumatismo craniano.» Nesse caso, não sabemos ao certo se o médico afirmou que a causa morte é traumatismo craniano, mas ele (= o jornalista) não tem certeza disso, ou se nem o médico tem certeza da causa da morte. Havendo realmente a certeza, dizemos: «Segundo o médico, a causa da morte é (ou foi) traumatismo craniano.»
Com base na NGB citada, como é correto escrever?:
1) Gostava de saber como será/seria melhor pontuar o texto;
2) Gostaria de saber como será/seria melhor pontuar o texto;
3) Gostaria de saber se há/haveria melhor forma de pontuar o texto.
Na hipótese de não ter a certeza de ter as perguntas acima respondidas, diria: «Ficaria agradecido se me respondesse» e, caso contrário, tendo a (ou quase) certeza de ter as respostas às perguntas: «Ficarei agradecido a quem me responder.» Estou certo em pensar assim?
Gostaria de saber se a concordância entre os tempos dos verbos das seguintes orações é aceitável:
«Não abrimos mão, porém, assim sem mais nem menos, mesmo que tal fosse possível, de semelhante honra.»
O «ser possível» é, na frase em questão, uma impossibilidade definitiva. Ora, se substituíssemos, seguindo as regras de concordância, «mesmo que tal fosse possível» por «mesmo que tal seja possível», já estaríamos a abrir uma hipótese de «vir a ser possível», certo?
Por outro lado, o «não abrimos mão» é um facto consumado, que está mesmo a acontecer, logo substituí-lo por um «não abriríamos mão» desvirtuaria o sentido da frase...
Mas a frase fica correcta, contudo, tal como a escrevi em cima?
Muito obrigada!
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