Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Semântica temporal
Tiago Mendonça Estudante Setúbal, Portugal 7K

Boas, a minha questão envolve o uso de diferentes tempos verbais numa frase. Dois exemplos:

«Gostaria eu de falar-te face a face. Mas temo que não conseguisse expressar nem um pouco.»

«Confio que usarás com sabedoria esta informação. Foi a primeira vez que falei de mim a alguém que amasse desta forma.»

Estão essas frases correctas? Se não, qual a forma correcta?

Pedro Lopes Estudante Lisboa, Portugal 7K

Reformulo, sucintamente, esta questão:

É aceitável dizer-se «Se Portugal tem sido mais cuidadoso, não estaríamos nesta situação» (que se ouve recorrentemente) em vez de «Se Portugal tivesse sido mais cuidadoso, não estaríamos nesta situação»?

Carla Moura Professora Porto, Portugal 30K

Na frase «De repente, o Inverno apareceu disfarçado de Primavera», a locução adverbial «De repente» é considerada de tempo, ou de modo?

Luísa Sales Professora Braga, Portugal 4K

Na frase «tenho o casaco vestido», a palavra vestido é um adjetivo, ou uma forma verbal?

José Vasconcelos Estudante Rio de Janeiro, Brasil 95K

Por que o futuro do pretérito, que indica hipótese, é colocado entre os verbos de modo indicativo? Não seria melhor colocá-lo entre os tempos do subjuntivo?

Obrigado, meus caros!

Margarida Sofia Marques Estudante Leiria, Portugal 7K

Posso utilzar o pretérito imperfeito do conjuntivo a seguir à interjeição oxalá, ou tem de ser forçosamente o presente do conjuntivo?

«Oxalá ele faça...», ou «Oxalá ele fizesse...»?

Estão as duas formas correctas?

Leonardo Figueira Estudante Rio de Janeiro, Brasil 17K

Tenho uma dúvida sobre a utilização do pretérito perfeito e do pretérito mais-que-perfeito.

Rigorosamente, a sentença «Antes de morrer, ele deixou um testamento» estaria errada? Haveria de ser necessariamente a forma correta «Antes de morrer, ele deixara um testamento»?

Iva Svobodova Docente universitária apoiada pelo Instituto Camões Brno, República Checa 28K

Tenho dúvidas acerca do uso do pretérito perfeito do conjuntivo.

Encontrei, na Gramática da Língua Portuguesa, (M. H. M. Mateus et al., 2003), Capítulo XV (Inês Duarte) — Subordinação completiva, pág. 609 (cp. 15.1.3) e 606 (cap. 15.1.1.), as seguintes frases:

«Que a Maria não tenha vindo a festa, surpreendeu o João.»

«O Conselho lamentou que não lhe tenha sido comunicada a decisão.»

Pensava que nas subordinadas completivas finitas, neste caso (quando a oração principal se encontra no pretérito perfeito), seria apropriado e gramatical usar o mais que perfeito do conjuntivo:

«Que a Maria não tivesse vindo a festa, surpreendeu o João.»

«O Conselho lamentou que não lhe tivesse sido comunicada a decisão.»

Pedia-vos para me confirmarem a gramaticalidade das frases encontradas na GLP nos subcapítulos em apreço. Caso estejam correctas, a minha pergunta é:

Posso, então, utilizar o pretérito perfeito do conjuntivo nas completivas finitas seleccionadas por todos os verbos psicológicos, ou só por aqueles que são denominados "factivos" e que pressupõem a verdade do complemento frásico (achar bem, detestar, gostar, lamentar)? Neste caso, seriam gramaticais as seguintes frases?

«Achei (achava) bem que lhe tenhas dito a verdade.»

«Detestei (detestava) que te tenhas vestido assim.»

«Lamentei (lamentava) que me tenham dado a resposta negativa.»

«Gostei (gostava) que ele me tenha vindo visitar.»

Verbos psicológicos não factivos:

«Esperava que to tenha dado.»

«Supunha que to tenha dito.»

Obrigada.

 

Zélia Carneiro Estudante Queluz, Portugal 4K

Qual é o deslocamento semântico da palavra sempre na frase «sempre és tu, Rui!»?

Solange Santos Costa Estudante Recife, Brasil 7K

«Ao domingo vou dançar» e «no domingo vou dançar». Posso dizer «ao domingo vou dançar»? É considerado erro?

Muito obrigada.