Boas, a minha questão envolve o uso de diferentes tempos verbais numa frase. Dois exemplos:
«Gostaria eu de falar-te face a face. Mas temo que não conseguisse expressar nem um pouco.»
«Confio que usarás com sabedoria esta informação. Foi a primeira vez que falei de mim a alguém que amasse desta forma.»
Estão essas frases correctas? Se não, qual a forma correcta?
Reformulo, sucintamente, esta questão:
É aceitável dizer-se «Se Portugal tem sido mais cuidadoso, não estaríamos nesta situação» (que se ouve recorrentemente) em vez de «Se Portugal tivesse sido mais cuidadoso, não estaríamos nesta situação»?
Na frase «De repente, o Inverno apareceu disfarçado de Primavera», a locução adverbial «De repente» é considerada de tempo, ou de modo?
Na frase «tenho o casaco vestido», a palavra vestido é um adjetivo, ou uma forma verbal?
Por que o futuro do pretérito, que indica hipótese, é colocado entre os verbos de modo indicativo? Não seria melhor colocá-lo entre os tempos do subjuntivo?
Obrigado, meus caros!
Posso utilzar o pretérito imperfeito do conjuntivo a seguir à interjeição oxalá, ou tem de ser forçosamente o presente do conjuntivo?
«Oxalá ele faça...», ou «Oxalá ele fizesse...»?
Estão as duas formas correctas?
Tenho uma dúvida sobre a utilização do pretérito perfeito e do pretérito mais-que-perfeito.
Rigorosamente, a sentença «Antes de morrer, ele deixou um testamento» estaria errada? Haveria de ser necessariamente a forma correta «Antes de morrer, ele deixara um testamento»?
Tenho dúvidas acerca do uso do pretérito perfeito do conjuntivo.
Encontrei, na Gramática da Língua Portuguesa, (M. H. M. Mateus et al., 2003), Capítulo XV (Inês Duarte) — Subordinação completiva, pág. 609 (cp. 15.1.3) e 606 (cap. 15.1.1.), as seguintes frases:
«Que a Maria não tenha vindo a festa, surpreendeu o João.»
«O Conselho lamentou que não lhe tenha sido comunicada a decisão.»
Pensava que nas subordinadas completivas finitas, neste caso (quando a oração principal se encontra no pretérito perfeito), seria apropriado e gramatical usar o mais que perfeito do conjuntivo:
«Que a Maria não tivesse vindo a festa, surpreendeu o João.»
«O Conselho lamentou que não lhe tivesse sido comunicada a decisão.»
Pedia-vos para me confirmarem a gramaticalidade das frases encontradas na GLP nos subcapítulos em apreço. Caso estejam correctas, a minha pergunta é:
Posso, então, utilizar o pretérito perfeito do conjuntivo nas completivas finitas seleccionadas por todos os verbos psicológicos, ou só por aqueles que são denominados "factivos" e que pressupõem a verdade do complemento frásico (achar bem, detestar, gostar, lamentar)? Neste caso, seriam gramaticais as seguintes frases?
«Achei (achava) bem que lhe tenhas dito a verdade.»
«Detestei (detestava) que te tenhas vestido assim.»
«Lamentei (lamentava) que me tenham dado a resposta negativa.»
«Gostei (gostava) que ele me tenha vindo visitar.»
Verbos psicológicos não factivos:
«Esperava que to tenha dado.»
«Supunha que to tenha dito.»
Obrigada.
Qual é o deslocamento semântico da palavra sempre na frase «sempre és tu, Rui!»?
«Ao domingo vou dançar» e «no domingo vou dançar». Posso dizer «ao domingo vou dançar»? É considerado erro?
Muito obrigada.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações