Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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C. Gomes Assistente Editorial Lisboa, Portugal 15K

Relativamente a este termo, e uma vez que se encontra consagrada a pronúncia “necrópsia” na comunidade médica e que o Dicionário de Termos Médicos da Porto Editora aceita a grafia com acento, é incorreto grafar “necrópsia” em obras com o intuito de divulgação científica? E não sendo correto, existe alguma razão para se diferenciar de biópsia ou autópsia, ambos aceites com acento pelo Portal da Língua Portuguesa [Vocabulário Ortográfico do Português]?

Salomé Pires Engenheira biomédica Coimbra, Portugal 2K

"Catálase" ou "catalase" (enzima que decompõe o peróxido de hidrogénio em água e oxigénio)? Qual a grafia correta?

Obrigado!

Joana Cardoso Estudante de mestrado Lisboa, Portugal 6K

Sei que com o novo Acordo Ortográfico é suposto a palavra "pêlo" perder o seu acento circunflexo. Queria saber se é uma regra obrigatória ou facultativa, já que para algumas palavras se permite dupla grafia. Estou a escrever uma tese de mestrado na área de Dermatologia e faz-me muita confusão escrever «pelo» em vez de «pêlo». Parece descabido.

Obrigada.

Joana Mendes Lisboa, Portugal 7K

Gostaria de saber qual é a regra de utilização de maiúsculas e minúsculas para Polo Norte e Polo Sul.

Obrigada.

Misael Abreu Estudante Simão Dias - Sergipe, Brasil 7K

O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, em sua versão eletrônica (Rio de Janeiro: Objetiva, 2009), diz o seguinte, numa nota à segunda acepção do vocábulo circunflexo:

«Na ortografia do português, [o acento circunflexo] sobrepõe-se às vogais tônicas /e/ e /o/, indicando-lhes o timbre fechado em palavras oxítonas ou proparoxítonas (como alô, malê, êxito, côvado); sobrepõe-se ainda ao /a/ tônico seguido de n ou m, em palavras paroxítonas terminadas em consoante que não o s (âmbar) e em alguns vocábulos tomados de empréstimo ao inglês (bônus, tênis etc.).»

No entanto, o próprio dicionário registra palavras como câimbra e zâimbo, nas quais a letra que segue o a com acento circunflexo (â) é um i, e não m ou n. Assim, como explicar a acentuação dessas palavras? Trata-se de casos especiais? Há alguma motivação especial para a existência dessas formas ao lado de cãibra e zãibo?

Eduardo Fontes Aposentado Santos, Brasil 7K

Só para tentar entender.

Se na grafia Paraguai há um tritongo, por que na grafia guaiuba não tem?

Se tem por que compará-la com baiuca para informar a perda do acento gráfico após um ditongo decrescente.

É vasto o território de minha ignorância, mas, no meu entender, guaiuba, como peixe, não deveria nunca ser acentuada graficamente, já que o u é após um tritongo. Perdão, se falei bobagem.

Rui Carvalho Estudante universitário Lisboa, Portugal 7K

Em ementas de muitos restaurantes aparece erradamente a palavra "á" em detrimento da palavra à, como por exemplo no tão famoso prato amêijoas "á" Bulhão Pato. Se "á" não consta do vocabulário, porque é tão vulgarmente substituído por à?

Numa pesquisa deparei-me com uma antiga propaganda ao queijo de Azeitão, do ano de 1885, que passo a citar:

«Queijo de Azeitão. Acaba de chegar á mercearia de José Alves de Carvalho, rua dos Ourives números 46 e 48 a primeira remessa do magnífico queijo de entorna fabricado em Azeitão.»

Já em 1885 se escrevia agramaticalmente, ou antigamente a palavra "á" existiu na língua portuguesa e por essa mesma razão actualmente ainda existe quem pense que está a escrever de forma correcta?

Obrigado.

António Pereira Professor aposentado Setúbal, Portugal 26K

A. Na Abertura de 12/11/2013 diz-se: «Palavras como história, área ou vário, que têm encontros vocálicos átonos em posição final, têm um acento gráfico que as torna aparentemente esdrúxulas (ou proparoxítonas), mas a verdade é que são graves (ou paroxítonas), e daí chamar-se-lhes "falsas esdrúxulas".»
B. Na resposta a que alude a Abertura, pode ler-se: «Remédio é, de facto, uma palavra esdrúxula (ou proparoxítona), pois a sílaba tónica recai na antepenúltima sílaba: re-mé-di-o (cf. Dicionário da Divisão Silábica, do Portal da Língua Portuguesa).»
Fiquei com as ideias ligeiramente baralhadas. Então, a palavra história pode ser designada das três formas: grave, esdrúxula e esdrúxula aparente?
Embora se trate de um caso especial, parece-me razoável e muito mais simples chamar-lhe apenas esdrúxula. Sempre foi essa a perspetiva que adotei nas minhas aulas.
Abraço à equipa do Ciberdúvidas.

Rui Marques Farmacêutico Lisboa, Portugal 7K

As palavras taquicardia e bradicardia surgem na maioria dos dicionários como paroxítonas. No entanto, são muitas vezes usadas na terminologia clínica como proparoxítonas, na maioria das vezes oralmente. Posto isto, há alguma evolução da língua que permita o seu uso com acentuação esdrúxula ("taquicárdia" ou "bradicárdia")?

Obrigado.

Rui Ramos Jornalista Luanda, Angola 11K

Tenho visto a palavra multiusos grafada «multiúso», com acento tónico no segundo u. A explicação: o acento tónico no segundo u serve para «desfazer» o ditongo iu.

Já agora, é multiuso, ou multiusos? E um pavilhão multiuso/s pode ser considerado uma «arena»?