A pronúncia do topónimo Mariz
Sou natural de Barcelos e vivi muito tempo na "minha" freguesia de "Máriz" ou "Mariz" (sem acento no "a").
Desde a escola primária, aprendi que se escrevia "Máriz", com pronúncia de "má...", e não "ma...".
Há quem pronuncie como se tivesse o acento, mas também sem o acento, especialmente as pessoas de fora.
Hoje colocaram em causa isto e disseram que até se pronuncia o acento, mas a escrever não leva acento!
Afinal como se escreve, "Máriz" ou "Mariz"?
Muito obrigado.
Interrogativas: «o que é que...?» e «o que que...?»
Tenho a idea de que em Portugal se usa «que é que» como a forma mais correta em casos como «o que é que ele faz?», «o que será que», «de que é que», etc.
Mas que no Brasil a parte «é que» já não é usada, tendo este idioma [sic] uma maior preferência pela chamada simplificação: «que ele faz?», «que será», «de que», etc.
Não consigo encontrar uma referência sucinta que:
1- Explique se existe de facto tal diferença entre o nosso lusitano português e o do Brasil.
2- Explique e defenda tal uso em Portugal, isto é, que as várias formas aqui exemplificadas por «o que é que ele faz» são mais corretas do que as que seguiriam como exemplo «o que ele faz».
Seria possível tal explicação, e também por favor as referências em que esta se basearia?
Aproveito para vos agradecer imenso pelo bom trabalho! Vocês ajudam a formar pilares necessários para a língua portuguesa!
Parabéns!
O português dos judeus na Europa no começo do séc. XX
José Leite de Vasconcelos, na sua Dialetologia, refere-se ao português dos judeus, mas ele chega a caraterizar o falar dos judeus, apontando particularidades de pronúncia, de vocábulos, de construções, etc?
Muito obrigado!
A pronúncia das sequências vocálicas ee e oo
Desde há muito tempo tenho escutado na fala diferentes pronúncias nas vogais duplas de palavras como compreender ou cooperação, chegando a escutar variantes como "compriender" (i em vez de e) e "cuoperação" (u em vez de o na primeira vogal), mas não estou totalmente certo se estas pronúncias realmente existem ou não. Portanto, gostaria que me esclarecessem se possível qual é a pronúncia correta ou padrão destas palavras em português europeu e se existem outras variantes.
Desde já o meu obrigado e os meus parabéns pelo site e pelo vosso grande trabalho.
A grafia de transdução
Qual a forma correta "transdução" ou "transducção"?
É caso de dupla grafia?
Desde já grato,
O verbo esperar seguido de oração completiva
No Brasil são comuns frases como «Espera ele vir» ou «Estamos esperando ele chegar».
Em português correto dir-se-á «Espera-o vir», «Estamos esperando-o chegar» ou «Estamos a esperá-lo chegar», não é assim?
Nessas frases, qual é o sujeito de vir e chegar?
Excelente trabalho o vosso! Muito obrigado!
O ponto e vírgula com orações coordenadas
Em textos antigos, não é raro ver o ponto e vírgula sendo usado em orações coordenadas sindéticas explicativas. Exemplo disso é o seguinte trecho de um conto de Machado de Assis publicado originalmente em 1881, chamado "Teoria do medalhão":
«De oitiva, com o tempo, irás sabendo a que leis, casos e fenômenos responde toda essa terminologia; porque o método de interrogar os próprios mestres e oficiais da ciência, nos seus livros, estudos e memórias, além de tedioso e cansativo, traz o perigo de inocular ideias novas, e é radicalmente falso.»
Além disso, ainda hoje é muito comum ver o ponto e vírgula sendo uso antes de orações aditivas/copulativas. Quanto a isto, aqui mesmo no Ciberdúvidas há um ótimo exemplo, numa resposta dada em 1998 pelo falecido José Neves Henriques: «Na academia aprendi jogos; e lutas que incluem defesa pessoal.»
Em todas as gramáticas que consultei, no entanto, as únicas orações coordenadas sindéticas em que o uso do ponto e vírgula parece ser considerado aceitável são as conclusivas e as adversativas. Assim, gostaria de saber a opinião de vocês sobre esta questão.
Principalmente no caso das sindéticas explicativas, chegamos de fato ao ponto em que conectá-las com o ponto e vírgula pode ser considerado errado ou inadequado? Ou é simplesmente algo que caiu em desuso (como o próprio ponto e vírgula, aliás)?
Para terminar, agradeço a todos os colaboradores deste site, que me ajudaram não só a esclarecer diversas dúvidas, mas também a expandir meus horizontes no que se refere ao uso da nossa língua.
A formação de segurês
Trabalho na area de design e comunicação, e estamos a desenvolver um projecto que vai endereçar a literacia de seguros/planos de saúde com o objectivo de descomplicar conceitos e termos. A nossa ideia é definir essa linguagem como “segurês”, e gostaríamos de saber se existem direitos de autor ou se poderia haver alguma implicação de futuro.
Questão escrita de acordo com a norma ortográfica de 1945.
«De forma a» + sujeito de oração de infinitivo
Qual das seguintes formas é a correta? De forma a as pessoas poderem passar, temos de desimpedir o caminho. De forma às pessoas poderem passar, temos de desimpedir o caminho. A preposição de não se contrai com artigos quando seguida de formas verbais no infinitivo. Acontece o mesmo com a preposição a?
Muito obrigado pela vossa atenção.
O qual interrogativo no Brasil e em Portugal
«Em que país moram vocês?»
«De que fruta será que gostam mais?»
«Por que motivo?»
Essas são frases interrogativas muito naturais na língua portuguesa. Mas vejo aqui no Brasil o que sendo trocado por qual, mesmo quando não há propriamente ideia optativa, assim:
«Em qual país moram vocês?»
«De qual fruta será que gostam mais?»
«Por qual motivo?»
Está correto o uso de qual nessas frases? Usa-se em Portugal?