Tendo em conta as diversas explicações avançadas pelas diversas gramáticas existentes no mercado e pelos recursos fornecidos pelas editoras, continua a haver exemplos de frases que suscitam dúvidas quanto à classificação dos constituintes que tanto podem ser modificadores, como complementos oblíquos ou até complementos indiretos.
É o caso das frases:
«A Joana trabalha em Lisboa.» («em Lisboa» – é modificador ou c. oblíquo?)
«O que aconteceu deve-se à tua falta de trabalho.» («à tua falta de trabalho» – é complemento oblíquo ou complemento indireto?)
E se fosse «O que aconteceu deve-se à tua mãe»? (à tua mãe» – não seria complemento indireto – deve-se-lhe?)
Obrigada.
Gostaria de esclarecer a seguinte dúvida: na frase «Se soubesse, seria ele a decidir», que função sintática desempenha a expressão «a decidir»?
Obrigada pela atenção.
Na frase «Eu transformei o príncipe num sapo», qual a função sintática desempenhada pelo segmento «num sapo»?
Eu interpreto como um complemento oblíquo (X transformar Y em Z), no entanto, perguntaram-me se não poderia ser interpretado como predicativo do complemento direto.
Os meus agradecimentos pelo excelente trabalho que fazem.
Não me parece que haja controvérsia quanto à normal culta pressupor que uma pessoa se sente «ao piano», jamais «no piano», quando se quer expressar que se tenha sentado no banco do instrumento para executar uma obra musical. Depois desse estágio, começam minhas dúvidas.
Sei que Napoleão Mendes de Almeida acolhe «tocar ao piano» e condena "tocar no piano". Entretanto tocar (ou executar) "no piano" (executar uma obra por meio do instrumento) é indiscutivelmente errado no que tange à normal culta?
Além disso, quando a construção se transforma um pouco e se faz uso de "execução" ou "performance", então também "execução no piano" e '"performance no piano" são construções condenáveis, tornando-se imprescindível o uso de "execução ao piano" e "performance ao piano"?
Muito obrigado!
Na frase «ele mantém-se no hospital», «no hospital» é considerado predicativo do sujeito?
«Tebaldo – Como! Sacas da espada contra uns pobres corçozinhos sem força? Aqui, Benvólio! Vem encarar a morte!» (SHAKESPEARE, W. Romeu e Julieta e Tito Andronico. trad. de Carlos Alberto Nunes. 14.ª ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998, p. 21. ISBN 85-0040978-9).
Encontrei esta construção – o verbo sacar + a contração da – durante a leitura da edição acima referenciada, mais de uma vez, tanto na primeira quanto na segunda obra shakespeariana.
Minha intuição aceita o seu uso, mutatis mutandis, com o verbo no infinitivo, tal como em «O sacar da espada contra uns pobres corçozinhos sem força», ou mesmo com o substantivo saque", a saber: «O saque da espada contra uns pobres corçozinhos sem força.»
Entretanto, o seu uso como no excerto acima citado me causa estranheza, porque para se sacar da espada seria necessário se sacar algo dela, e não a própria espada. Portanto, eu gostaria que me explicassem – não para desafiar o saudoso tradutor Carlos Alberto Nunes, mas para aprender – se está correta essa construção e porquê.
Desde já, sou-vos muitíssimo grato.
Corre em Portugal usarem o pronome de caso reto ele como objeto? Por exemplo: «Eu amei "ela".»
Foi uma invenção do Brasil ou teve origens com os portugueses que cá vieram?
Na frase «Ontem, comeram o bolo», ou «Ontem, bateram à porta», o sujeito é subentendido (eles comeram/eles bateram) ou sujeito indeterminado.
Grata pela atenção dispensada.
Gostaria de saber a função sintática do pronome lhe na frase «ele pediu que lhe fatiassem duzentos gramas de mortadela».
Grato!
Na frase «Álvaro, morador na Rua das Acácias, foi assaltado ao sair de casa», o termo “morador” está funcionando como adjetivo ou substantivo?
Em sendo substantivo, seria concreto ou abstrato?
Pergunto ainda: morador é adjetivo ou substantivo derivado do verbo morar? A expressão «na Rua das Acácias» é complemento nominal ou adjunto adnominal?
Obrigado.
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