Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Concordância
Audrey C. Revisora São Paulo, Brasil 6K

Gostaria que verificassem, por favor, se esta frase está incorreta:

«Parte do lucro é destinado à compra.»

Ou se devemos falar:

«Parte do lucro é destinada à compra.»

Grata pela atenção.

Margarida Camejo Tradutora/professora Berlim, Alemanha 64K

Depois de pesquisar sobre a utilização dos verbos haver e existir quando têm o mesmo sentido, concluí que o verbo existir é pessoal e deve concordar com o seu sujeito:

«Existem dois quartos e uma sala de estar nos apartamentos.»

O verbo haver fica no singular porque não tem sujeito, mas os seus sinónimos têm sujeito e devem concordar:

«Há dois quartos e uma sala de estar nos apartamentos.»

E se se tratar de uma enumeração? Tenho obrigatoriamente de conjugar o verbo?

«Existem sauna, hidromassagem e banhos turcos à disposição», ou «Existe sauna, hidromassagem e banhos turcos à disposição»?

Muito obrigada pela vossa atenção!

Sofia Slotboom Coordenadora editorial Porto, Portugal 5K

O qual como conjunção pluraliza? Ou seja, diz-se: «Corríamos quais baratas tontas pelo escritório», ou «Corríamos qual baratas tontas pelo escritório»?

Obrigada.

Marcela Santos Estudante Coimbra, Portugal 4K

O processo de dissolução do dióxido de carbono em água ou em solução aquosa tem o nome de "carbonação" ou "carbonatação"? Das minhas pesquisas conclui (não sei se acertadamente) que se pode designar o processo pelos dois nomes. No entanto, gostaria de saber qual o mais correcto em português de Portugal.

Agradeço esclarecimento.

Maurício Kataya Revisor São Paulo, Brasil 8K

Qual é a forma correta: «Como poderiam chover flores?», ou «Como poderia chover flores?»? São ambas corretas? Posso considerar como sujeito, no primeiro caso, «flores», e, no segundo, um sujeito oracional?

Genivaldo Guimarães Assistente administrativo Santos, Brasil 3K

No dia 21/03/2010, na Rede Gazeta de Televisão, no programa Prazer em Conhecer, o entrevistado é promotor de justiça, com pós-graduação, doutorado e mestrado segundo ele. Foi feita a pergunta pelo entrevistador se alguma das perguntas havia lhe ofendido, ele respondeu: «Das perguntas que foram feitas, nenhuma das questões me ofendeu.» Gostaria de saber se o verbo ofender neste caso fica mesmo no singular ou no plural.

A outra questão é: na revista Veja número 12, edição 2157, de 24/03/2010, pág. amarela, o escritor escreveu a palavra "benfeito", não encontrei no meu dicionário Houaiss. Gostaria de saber se está mesmo correto, ou foi equívoco, ou se escreve bem feito (separado).

Desde já meus sinceros agradecimentos.

Miguel Soares Estudante Viana do Castelo, Portugal 7K

Gostaria que me esclarecessem a seguinte dúvida:

«Ora certa noite, e já depois de se ter deitado, a mãe lembrou-se de que se calhar não tinha deixado o lume bem acondicionado para não pegar fogo.(...) Eis senão quando, ao passar ao quarto do filho, viu por debaixo da porta uma risca de luz. (...) A mãe nem queria acreditar.»

A Estrela, de Vergílio Ferreira

Neste contexto, a forma verbal passar é um infinitivo pessoal, ou impessoal?

Passar refere-se à mãe (sujeito), contudo também podemos considerar «ao passar ao quarto do filho (...)» como um grupo móvel, o que me leva a pensar que, assim sendo, se trata de um infinitivo impessoal.

Grato pela vossa colaboração.

Miguel Magalhães Tradutor Lisboa, Portugal 6K

Gostaria de entender por que motivo têm aparecido na língua portuguesa umas designações de números "inovadoras". O Ciberdúvidas já contestou (e bem) aqueles que querem impor a expressão «centenas de milhar» em vez do usual «centenas de milhares». Outra "inovação" recente é dizer «81 milhão» em vez de «81 milhões». A primeira vez que ouvi tal coisa julguei tratar-se de pessoa ignorante. Mas, entretanto, tenho ouvido tal expressão absurda da boca de pessoas qualificadas (ontem foi Cândida de Almeida, procuradora-geral adjunta). Podem explicar?

Valter da Silva Pinto Oficial de justiça Mogi das Cruzes, Brasil 9K

Apesar de ser um tema recorrente, gostaria da opinião objetiva dos consultores sobre a seguinte afirmação encontrada em outra gramática: «Se o infinitivo é complemento de verbo, adjetivo ou substantivo, não devemos flexionar», na qual apresenta os seguintes exemplos:

a) «Ele sempre proíbe os empregados de sair no horário»;

b) «Não estamos dispostos a desistir tão facilmente».

Se considerarmos que em a) o sujeito do verbo «proíbe» é «ele», e o do verbo «sair» é «os empregados», não seria correto flexionar o infinitivo sair? Ou o correto é mesmo não o flexionar, e analisá-lo como integrante da sequência «proíbe de sair». Com relação ao exemplo b), usando o mesmo raciocínio de se identificar o sujeito, percebe-se claramente que só há um, que se encontra subentendido («nós»). Ou aqui cabe a análise de que o infinitivo é complemento do adjetivo «dispostos»?

Maria Luísa Nicolau Secretária Lisboa, Portugal 3K

Na frase «Caso venha a ser considerado necessário a prestação dos seus serviços será contactado oportunamente», não sei se devo escrever: «... considerada necessária...» para o feminino, ou «... considerado necessário a prestação» para o masculino.

Grata pela atenção.