Apesar de já ter procurado em vários dicionários, não encontro o género da palavra latina ratio. Se a tradução para português é «razão», tratar-se-á de uma palavra feminina, devendo escrever-se «a ratio», ao contrário do que se escreve habitualmente? Ou, tratando-se de uma palavra masculina ou neutra, deverá manter o género masculino em português, escrevendo-se «o ratio»?
Compreendo que seria preferível a utilização de razão, mas a colagem ao inglês impregnou o discurso actual de ratios para aqui e para ali, pelo que, a bem da clareza, penso ser admissível o uso da expressão latina, embora com preservação do género correcto.
Percebi que na língua portuguesa, apesar de para minha pessoa parecer incorreto, existem diversas palavras que terminam com a letra n. Exemplos: hífen, hímen e sêmen. Existe alguma regra no idioma para estas palavras terminarem com a letra n ao invés de m?
Na frase «Os períodos do peri- e do pós-operatório também decorreram sem complicações», a expressão «peri» deve ter hífen, ou não, sendo que se refere a peri-operatório?
Com a mudança ortográfica, fico muitas vezes em dúvida em como escrever certas palavras.
Qual o correto: com hífen, ou sem hífen dobrando o r?
Semi-realista, ou semirrealista?
Pelo novo acordo ortográfico podemos escrever primoinfeção, ou tem de ser primo-infeção? E pré-concecional, ou preconcecional?
Na frase «quando foi nomeado governador civil», qual a função desempenhada por «governador civil»?
Veja-se a trova abaixo:
Pode-se afirmar que há um paradoxo nos dois últimos versos, já que, ao mesmo tempo que «pouco ou nada se revela», o eu poético fica extático e mudo? Sendo paradoxo, seria um paradoxo "convencional", diga-se assim, do tipo «morte em vida»? Pois a uma afirmação (a não revelação do amor) é contraposta a descrição de um estado, que sutilmente indica que tudo foi de fato revelado.
A palavra político é um comum de dois géneros, ou um sobrecomum?
Sei que a palavra religião vem do latim religĭo, ōnis, mas gostaria de saber se existe alguma sustentação para o étimo geralmente atribuído a ela, tal seja o que a faz derivar de religo (infinito religare) (Francisco Torrinha, em seu Dicionário Latino Português, nem sequer registra esse verbo).
Parece tratar-se apenas de uma etimologia fantasiosa. Estou errado?
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