Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: substantivo
Dalva Santos Auxiliar de administração Rio de Janeiro, Brasil 7K

Qual a figura de linguagem na frase «e vai desmatando o amazonas de minha ignorância»?

Olívia Vieira Reformada Lisboa, Portugal 3K

Costuma-se dizer «abri um precedente» para referir que «foi aberta uma exceção». Contudo, em consulta ao dicionário, a palavra precedente não faz menção àquele adjetivo:

«Precedente: 1. Que precede; antecedente (adj. 2 g.).»

Em que ficamos?

Paula Marinho Estudante Inhapim, Brasil 3K

Em qual dessas alternativas a pontuação está errada?

a. «Você sabia a resposta?»

b. «Seu silêncio, era um sofrimento.»

c. «Era linda como uma rosa!»

d. «Ele sempre a oferecia flores: adálias, jasmins e rosas.»

Rui Pedro Estudante Faro, Portugal 3K

Já vi, em textos antigos, Cascais escrito como «Cascaes», e Portuguesa como «Portugueza».

Eu tinha ideia de que a escolha do z ou do s, e do e ou do i, nos casos em que têm o mesmo valor fonético, se prendia pela etimologia das palavras. Então porque é que estas palavras não se escrevem desta maneira?

Pedro Bingre do Amaral Professor Coimbra, Portugal 24K

Por imposição do terceiro artigo da Base XV do Acordo Ortográfico de 1990, emprega-se o hífen «nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento: abóbora-menina, couve-flor, erva-doce, feijão-verde; bênção-de-deus, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inácio, bem-me-quer».

Esta nova regra contradiz aquela que foi a prática dos naturalistas portugueses desde o Iluminismo até ao terceiro quartel do século XX: usar o hífen apenas em nomes vernáculos compostos por justaposição de substantivos ou por locuções verbais. Por exemplo, enquanto um incontornável botânico como AX Pereira Coutinho escrevia sem hífen, no seu Esbôço de uma flora lenhosa portuguesa (1936) nomes como castanheiro da Índia, pinheiro silvestre, e hifenizava somente nomes como alegra-campo, já o presente AO recusa tal variação.

Qual o motivo de tal escolha, tão em contraste com as tradições ortográficas do nosso idioma, e mesmo em contrapelo com as práticas científicas nas línguas castelhana, francesa e italiana?

José Moreira Aposentado Porto, Portugal 8K

Pesquisando o que julgo ser o real significado da palavra ateu, deparei-me com uma resposta que indica descrença em Deus, negação da existência de Deus.

No entanto, pesquisando pelo prefixo a-, é-me respondido que pode significar «ausência de». Por exemplo, amoral, acéfalo, assexuado, etc.

Daí a minha pergunta: ateu não significará, em rigor, «ausência de deus»?

Pedro Bandola Arquiteto Cascais, Portugal 9K

É correta a designação «sé catedral»? Sendo expressão aceitável, trata-se de um pleonasmo, uma vez que ambas são referentes ao lugar da cadeira do bispo?

Parabéns pelo excelente trabalho e pela partilha.

 

Jorge Santos Aposentado São João da Madeira, Portugal 6K

Numa “Ficha de Inscrição e Avaliação Inicial de Requisitos”, que me foi dirigida pela instituição que apoia o meu único filho, deficiente, para que eu a complete com dados, eventualmente, em falta, sou chamado de Significativo. Para melhor compreensão, alguns exemplos: «Dados a preencher pelo/com utente e significativos; Expetativas do Candidato e dos Significativos; Residentes fora do concelho de S. João da Madeira, mas cujos significativos exerçam atividade profissional neste concelho; Assinaturas – do Candidato – do Significativo».

Como podem adivinhar, a minha pergunta é: no contexto dos exemplos acima, está correta a aplicação de significativo(s)? Eu sei que todos nós podemos ser significativos para muitas pessoas, mas, neste caso, eu preferia continuar a ser encarregado de educação ou representante legal.

Agradeço, desde já, o vosso esclarecimento e, também, o extraordinário serviço que continuam a oferecer.

Paulo Santos Estudante Coimbra, Portugal 5K

Solicito a vossa ajuda para a compreensão do tipo de orações subordinadas no poema D. Sebastião, de Mensagem, de Fernando Pessoa. Assim, será que está correto o tipo de subordinação que eu coloco entre parênteses?

Louco, sim, louco, porque quis grandeza (explicativa/causal)

Qual a Sorte a não dá. (relativa)

Não coube em mim minha certeza;

Por isso onde o areal está (causal)

Ficou meu ser que houve, não o que há. (duas relativas)


Minha loucura, outros que me a tomem (relativa)

Com o que nela ia. (relativa)

Sem a loucura que é o homem (final/integrante/relativa)

Mais que a besta sadia (comparativa)

Cadáver adiado que procria? (relativa)

Diana Marado Estudante Porto, Portugal 8K

Gostaria de saber o porquê de a palavra cotonete se pronunciar "cótónéte" como indicaram numa resposta anterior.

E a palavra cotonaria? Pronuncia-se igualmente "cótónaria"?