Origem de enxoval
Origem de enxoval?
O topónimo Benlhevai (Trás-os-Montes)
Recentemente descobri que existe uma localidade denominada Benlhevai em Bragança, porém nunca vi outra palavra com a sequência -nlh-.
Este topónimo está de acordo com as regras vigentes do português? E existem outras palavras com esta sequência de letras?
Obrigado.
Disjuntivo, conjuntivo e adjunto
Considerando que a Porto Editora considera disjunção como substantivo correspondente ao verbo disjungir, pergunto se deveremos relacionar o adjetivo disjuntivo e o substantivo disjuntor com o verbo disjungir ou disjuntar?
Por analogia, deveremos considerar conjunção como substantivo correspondente ao verbo conjungir? E, quanto ao adjetivo conjuncional, no adjetivo conjuntivo e ao substantivo conjuntiva, deveremos relacioná-los com os verbos conjungir ou conjuntar?
Por último e também por analogia, deveremos considerar adjunção como substantivo correspondente ao verbo adjungir? E, a respeito do adjetivo e substantivo adjunto ou do substantivo adjutor e do adjetivo adjutório deveremos relacioná-los com o verbo adjungir ou juntar?
E se não for abuso solicito que acrescentem conjunto aos vocábulos conjunção, conjuncional, conjuntivo e conjuntiva.
Os adjetivos agoniante e agonizante
Vejo os termos agoniante e agonizante sendo usados para falar de situações difíceis ou angustiantes, mas não sei exatamente quando usar um ou outro.
Gostaria de entender melhor em que contextos cada um é mais apropriado e se há alguma diferença de sentido ou uso entre eles.
Obrigada.
A palavra crescas num poema galego-português
Gostava de saber o que significa a palavra medieval "crescas".
Exemplo: na cantiga de escárnio de Aires Vuitorom "A lealdade do Bezerra pela beira muito anda", consta (verso 34):
«Diz Pacheco: "Alhur, Conde, pede que vos digam: Crescas!"»
Obrigado e bem hajam por este site.
Particípios latinos e sufixo -nt(e)
A língua portuguesa começou por ser a latina, ou mais especificamente a romana, que os soldados romanos é que conquistaram a Galécia, os outros povos latinos permaneceram grandemente na terra natal, falada pelo povo galaico, cuja língua era uma outra e que teve então que aprender a dos conquistadores. Não a aprenderam impecavelmente porém, inevitavelmente, e tal como alguns termos nativos perduraram, alguns latinos não passaram, ou passaram mas não perduraram.
Desconheço porém como posso determinar a empregabilidade dos étimos latinos na produção portuguesa, atendendo ainda por cima aos latinismos posteriores. Posso obviamente guiar-me pelos dicionários, mas, embora a presença do termo confirme a empregabilidade, a ausência não a descarta pelas limitações necessárias das obras lexicográficas.
Os falantes nativos podem enganar-se logo os achados eventuais dalgum emprego do termo pretendido não garantem a empregabilidade correta. Posso dirigir-me às autoridades linguísticas, no meu caso a Academia de Ciências de Lisboa, mas parece-me uma abordagem pouco prática. Há então alguma maneira mais prática? Exemplifico.
Há vários substantivos ou adjetivos verbais latinos, mas a gramática portuguesa inclui destes só o particípio (passivo) passado e o gerúndio. Logo, nenhuma garantia geral da existência dos outros substantivos ou adjetivos há, mas alguns deles existem, sem o verbo correspondente até. Alguns particípios passados latinos foram transformados além disso nos adjetivos ou substantivos portugueses correspondentes, diferentes dos particípios passados dos verbos portugueses correspondentes. O verbo latino exhaurire, a que me refiro pelo infinitivo, consistentemente com a convenção portuguesa, foi transformado no verbo português exaurir, cujo particípio passado é reconhecido como sendo exaurido, mas o particípio passado latino exhaustum, a que me refiro pelo caso acusativo, de que o termo português descende, foi transformado no adjectivo português «exausto». Que outros casos análogos há?
Posso dizer incluso ou excluso? Quanto aos particípios (ativos) presentes, cujo emprego pretendo tantas vezes mas não faço pelo meu desconhecimento da possibilidade, quais existem? Posso dizer "permitente" ou "definiente"?
Menciono só algumas possibilidades que me ocorreram recentemente mas a dúvida generaliza-se aos casos todos em que o étimo latino existe, ou existiu, e a palavra portuguesa correspondente pode ser «reconstruída progressivamente», se é que me faço entender (a reconstrução linguística é percebida como regressiva geralmente).
Obrigado.
O termo turco ebru
Em relação à frase apresentada, a palavra "ebru", tendo origem turca, devia estar entre aspas?
«Os alunos apreciaram a arte "ebru" ao ponto de realizarem trabalhos.»
Obrigado.
Gás: garrafa ou botija?
O recipiente para gás é designado garrafa ou botija? Parece-me que o termo botija é castelhano.
Agradeço a vossa opinião.
A pronúncia e ortografia de abrupto (Brasil)
O Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, aceita as duas formas, porém a maioria dos lexicógrafos só estão reconhecendo a pronúncia "a-brup-to" (como em a-bri-go), já que "ab-rup-to", além de ser a forma arcaica e estar em desuso, fere o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.
Agradeceria imensamente a opinião dos senhores.
Terno e naipe
A palavra terno em português do Brasil remete para a noção de «fato».
Em português (de Portugal pelo menos) terno remete para um tipo de cartas, aquelas com o valor 3.
Em inglês, suit remete tanto para a noção de «fato», mas também para a própria palavra «naipe», estando, aparentemente relacionada tanto com o significado brasileiro como com o português.
Eu gostaria de entender melhor qual a viagem etimológica destes termos e se estão efetivamente relacionados ou se esta coincidência é mesmo só isso. Por acréscimo, perceber a etimologia de duques, quadras, quinas, até biscas seria interessante, bem como saber se também estes termos são usados no Brasil.
Muito obrigado.