Gostaria de saber por que fazemos a contração da preposição de com o artigo definido a na expressão «coelho da Páscoa», mas não a fazemos na expressão «domingo de Páscoa».
Antes de mais, muito obrigado por tantos esclarecimentos que já me deram e parabéns pelo excelente serviço que prestam à língua portuguesa através do vosso portal!
No meu trabalho, é frequente encontrar a expressão “sign in” (por exemplo, “Please sign in to procceed”. Na maioria das vezes, traduzo “sign in” como “inicie sessão”, por economia de espaço, uma vez que as traduções se destinam, maioritariamente, a botões e pequenos campos de texto de aplicações informáticas. Entretanto, em certas ocasiões (quando o espaço e o contexto assim o justificam), também utilizo “inicie uma sessão” (por exemplo, “Para prosseguir, inicie uma sessão na aplicação”).
Acontece que, sempre que opto por esta última fórmula (uma sessão), o revisor de uma das muitas agências para as quais trabalho insiste em classificá-la como “erro de estrutura gramatical”, justificando que “Quando alguém inicia sessão numa conta específica, o que é o caso, essa pessoa não está a iniciar sessão numa conta indefinida”.
Confesso que tenho alguma dificuldade em entender a lógica do revisor, porque “uma” não se refere à conta, mas sim à sessão, pelo que não vislumbro como é que pode fazer com que a conta seja definida ou indefinida. Sempre encarei a escolha entre as duas fórmulas (com e sem “uma”) como opcional (“vou comer bife”/“vou comer um bife”; “vou abrir conta no banco X/”vou abrir uma conta no banco X”), consoante o autor do texto pretenda ser mais ou menos específico.
Estarei errado?
Grato pela atenção.
Gostaria de saber se existe alguma diferença de interpretação entre estas duas frases:
«A Vanessa é irmã da Filipa.»
«A Vanessa é a irmã da Filipa.»
Colocando a segunda frase em diversos contextos, parece-me que a usaria em situações de enfâse ou de explicação. Enquanto a primeira, usaria para falar de uma característica da Vanessa.
Está correta essa interpretação?
Agradeço a atenção dispensada.
Gostaria de saber o que poderá justificar dizer-se «Prémio Nobel de Literatura».
Vejo frequentemente escrito em capas de livros e em vários textos (artigos de jornal, etc.). Utiliza-se a contração da preposição de +artigo a, para todos os outros Prémios («da Física», «da Economia», «da Medicina», «da Paz», «da Química»). Porquê, então, «de Literatura»?
Que, aliás, não é uma utilização constante, há quem diga e escreva «da Literatura».
Qual a forma correta?
Obrigada.
Em «com animais que falam e têm sentimentos e comportamentos como os dos humanos», os é um pronome pessoal ou demonstrativo?
Comprei recentemente a edição fac-similada do famoso Cozinheiro dos Cozinheiros de Plantier. É um livro extraordinário, no sentido gastronómico do termo. Mas também achei muito interessante as diferenças na grafia do português, desde o final do século XIX, e algumas palavras agora muito raras (trocazes, láparo, lebracho, tencas, etc.).
Mas a minha pergunta concreta tem a ver simplesmente com a palavra às (contr. de prep e artigo) que nesse livro surge sempre como "ás."
A minha pergunta é quando tal mudança teve lugar na ortografia portuguesa e porquê.
Muito obrigado.
Já vi muitas frases construídas com a expressão «é de um/uma», mas tenho dúvidas se é correto o seu uso.
Aqui mostro dois exemplos:
I – «O uso de meios ilícitos para obtenção de vantagens é de uma imoralidade imensa.»
II – «A falta de cuidados no tratamento às pessoas e aos animais doentes é de uma desumanidade sem tamanho.»
O uso da referida expressão encontra respaldo nos livros de língua portuguesa?
Grato.
Gostaria de saber qual é o termo correto: «à tona de água» (como aparece na obra "A viúva e o papagaio") ou «à tona da água»?
Desde já agradeço a atenção.
«Sou de Taiwan»? Ou «sou do Taiwan»?
Obrigada.
Na frase «A minha casa é bonita, mas a tua é mais», a (minha/tua) é um determinante artigo definido, mesmo não estando antes de um nome?
Costumo explicar à minha filha que o determinante vem antes do nome, mas nestes casos vem antes de um determinante possessivo/pronome possessivo. Ela colocou-me esta questão. Presumo que, como se pode omitir o determinante, se mantenha a regra…
Obrigada.
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