Para e objeto indireto
Gostaria de aprender a diferenciar com mais exatidão um objeto indireto de outros termos da oração.
Na frase:
«Promovi uma festa para os alunos.»
Nesse caso, «Para os alunos» seria um objeto indireto, por mais que o verbo seja transitivo direto, quem promove, promove algo, certo?
Porém, vi em uma aula como adjunto de finalidade, o que me deixou bem confuso, até porque li em um site de estudo que dizia que, na frase «comprei um carro para ela», «para ela» seria o objeto indireto, e isso me parece semelhante a outra frase com o verbo promover.
Gostaria muito de entender melhor sobre isso.
Obrigado.
O verbo ser e o modificador do grupo verbal
Na frase «O Joel estava sozinho em casa», qual a função sintática de «em casa»?
Muito obrigada pelos esclarecimentos.
Predicativo do complemento oblíquo
Estou com dificuldades em analisar sintaticamente a frase «Fiz do recreio uma festa».
A minha primeira intuição foi considerar o constituinte «uma festa» complemento direto e o constituinte «do recreio» complemento oblíquo. Mas fazendo a substituição pronominal do complemento direto não me soa muito gramatical a frase «Fi-la do recreio».
Parece-me que aqui o verbo fazer se comporta como um verbo transitivo direto, no sentido de «Transformei o recreio numa festa». Neste caso «o recreio» seria complemento direto e «uma festa» seria predicativo do complemento direto. Substituindo o complemento direto pelo pronome, ficaria «Transformei-o numa festa», o que é perfeitamente gramatical.
O problema da primeira fase é que em termos de sentido ela é equivalente à segunda frase, mas as categorias sintáticas não me parecem encaixar bem.
Outro exemplo: «Fiz o João feliz». Aqui não me parece haver dúvidas: «o João» complemento direto e «feliz» predicativo do complemento direto («Fi-lo feliz»). Mas, retomando o primeiro exemplo, eu poderia dizer, com um significado semelhante: «Fiz do João uma pessoa feliz». E, com a estrutura do verbo fazer, o complemento direto passaria a ser «uma pessoa feliz» e «do João» complemento oblíquo.
Mas mais uma vez não me parece muito gramatical a construção: «Fi-la do João.»
Obrigado.
Complemento do adjetivo e pronome lhe
Gostaria de saber se de facto estou a analisar de forma correta a seguinte frase:
«Este encontro entre o desejo de tornar Camões acessível a todos e a realidade de um autor reverenciado, mas pouco lido, tem sido um desafio.»
Sujeito: «Este encontro entre o desejo de tornar Camões acessível a todos e a realidade de um autor reverenciado, mas pouco lido.»
Predicado: «tem sido um desafio»
Predicativo do sujeito: «um desafio»
Agora, quanto ao sujeito, vejo um grupo nominal principal («Este encontro») e um complemento do nome encontro: «entre o desejo de tornar Camões acessível a todos e a realidade de um autor reverenciado, mas pouco lido»
Continuando a análise em caixinhas dentro de caixinhas, este complemento do nome é constituído por dois grupos nominais, sendo o primeiro «o desejo de tornar Camões acessível a todos», e o segundo «e a realidade de um autor reverenciado, mas pouco lido».
Deixarei para depois a análise deste último complemento que integra uma oração coordenada adversativa.
Para já interessa-me esclarecer o constituinte «entre o desejo de tornar Camões acessível a todos». É composto por um grupo nominal «o desejo» e por sua vez por outro complemento do nome «de tornar Camões acessível a todos» assegurado por uma oração subordinada completiva.
Gostaria de proceder à análise sintática independente desta oração completiva: «Camões» seria complemento direto do verbo tornar;«acessível a todos» seria predicativo do complemento direto «a todos», complemento do adjetivo acessível.
A minha dúvida é esta: é defensável a ideia de que «a todos» seja complemento indireto?. Exemplo: «Eu tornei Camões acessível a todos»/ «Eu tornei-lhes Camões acessível» (parece-me pouco gramatical).
Obrigado e bom trabalho.
Verbo ladrar, voz passiva e objeto indireto
Posso dizer "fui ladrado por um cão"?
Obrigado.
O uso adverbial de horrores
Gostaria de saber qual é a classe gramatical e a função sintática da palavra horrores na seguinte frase:
«Caminhamos horrores.»
Apenas para esclarecer o sentido, vejo a frase sendo usada para indicar que se caminhou muito, bastante, em demasia.
Agradeço todos os esclarecimentos que puderem me oferecer.
A locução prepositiva «à luz de»
Olá a todos desse maravilhoso site!
Gostaria de saber se posso utilizar a locução prepositiva «à luz de» como conjunção subordinativa conformativa.
Exemplo: «À luz do que é mencionado na Constituição Federal, fica vedada a associação de caráter paramilitar.»
Usei no sentido de «de acordo com, segundo, consoante,conforme, como». É válido isso?
Pois, conforme o Chat-GPT, o período: «À luz do que é mencionado na Constituição» → é uma locução prepositiva («à luz de») seguida de uma oração subordinada adjetiva: «do que é mencionado na Constituição Federal». Nesse caso, não temos uma conjunção subordinativa conformativa, mas sim uma locução prepositiva com sentido de conformidade ou fundamentação.
Obrigada.
«O problema, dizia Benito, era que não tinha os papéis em ordem»
Seria possível confirmarem-me se na frase «O problema, dizia Benito, era que não tinha os papéis em ordem», a palavra que é uma conjunção subordinativa completiva com a função sintática de predicativo de sujeito.
Tenho colegas que consideram que é um pronome relativo, mas eu não considero que haja antecedente.
Muito obrigada pela ajuda!
Sujeito e infinitivo impessoal
Gostaria de tirar uma dúvida acerca da classificação do sujeito dos verbos no infinitivo impessoal.
Encontrei algumas divergências nessas classificações: em alguns lugares, classificam como sujeito inexistente; já em outros, como um tipo de indeterminação do sujeito. Qual das duas acepções está corretas? Ou ambas estão e irá depender do contexto?
Considere o seguinte exemplo:
«Deve ser divertido fazer quadrinhos!»
Entendo que «fazer quadrinhos» é o sujeito oracional da locução «deve ser». Mas em relação ao sujeito do verbo fazer, qual seria a classificação adequada? Sujeito inexistente? Ou indeterminado?
Se houver indicação de algum material de leitura para aprofundamento desse aspecto específico, agradeceria bastante!
Obrigada desde já!
A sintaxe do verbo contribuir
Na frase «Temos de contribuir para que se limite o aumento da temperatura mundial», há quem diga que «para que se limite o aumento da temperatura mundial» é uma oração subordinada substantiva completiva e desempenha a função sintática de complemento oblíquo.
Queria, contudo, saber como explicar o «para que», porque, nas gramáticas, aparece como uma locução subordinativa conjuncional final, que, por sua vez, introduz orações subordinadas adverbiais finais.
Obrigada pela vossa atenção.