DÚVIDAS

Achar e acreditar com os modos indicativo e conjuntivo
Gostaria que me tirassem algumas dúvidas quanto ao uso do indicativo e conjuntivo com verbos de opinião. As gramáticas indicam que depois de verbos de opinião na forma afirmativa usamos o indicativo e depois da negativa usamos o conjuntivo. a) Acho que o livro está na biblioteca. b) Não acho que o livro esteja na biblioteca. Seria agramatical dizer o seguinte? c) Acho que o livro não está na biblioteca. d) Achei que o livro estivesse na biblioteca. De acordo com a regra, d) não deveria ser «Achava que o livro estava na biblioteca»? E quanto às seguintes frases? (e) Não achei que o livro estava na biblioteca. (f) Não creio que hoje fico em casa. E uma última questão, o verbo acreditar segue a mesma regra que os restantes verbos de opinião ou há alguma exceção? (g) Acredito que o livro está na biblioteca. (h) Não acredito que o livro esteja na biblioteca. Com este verbo, soa-me melhor ouvir as duas formas, afirmativa e negativa, no modo conjuntivo. Pedia que me confirmassem se estão corretas as frases. Caso sejam gramaticais, qual é, afinal, a regra para o uso indicativo e conjuntivo com os verbos de opinião? Obrigada!
As orações temporais em Portugal
Em um artigo sobre as futuras possibilidades do uso da tecnologia digital, li várias orações com verbos no presente que me despertaram dúvidas sobre o uso do indicativo ou do subjuntivo (conjuntivo em Portugal). Praticamente em todos os exemplos, o verbo aparecia no presente do indicativo na oração subordinada, mas o verbo da principal estava no futuro do indicativo. Exemplos: – «Quando estamos em férias, as conversas com estrangeiros, na nossa língua materna, serão traduzidas em simultâneo e serão escritas no dispositivo na sua língua materna.» – «Quando compramos numa loja de desportos online, iremos escolher o artigo que desejamos.» – «Enquanto estamos em uma reunião de trabalho, a ata está a ser elaborada.» No português do Brasil, parece ser muito mais comum o uso do subjuntivo na oração subordinada nesses casos. Dependendo da oração, acredito que poderia ser considerado incorreto o uso do indicativo. Diríamos, por exemplo: «Quando estivermos de férias, as conversas com estrangeiros, na nossa língua materna, serão traduzidas...», ou «Quando estamos de férias, as conversas (...) são traduzidas». Gostaria de saber se me podem ajudar com a interpretação do uso dos tempos e modos verbais com as conjunções enquanto e quando nos citados contextos. Muito obrigada pela ajuda e parabéns pelo trabalho realizado todos os dias.
Discurso indireto: futuro do indicativo e condicional
Fiquei responsável de redigir uma ata de reunião e corrigiram o tempo verbal associado à passagem para o discurso indireto. A frase era mais ou menos a seguinte: «As professores X e Y comunicaram que, no dia Z, seria feita a entrega de prémios do concurso de poesia.» Escrevi "seria", usando o condicional, partindo do princípio de que devia respeitar as regras de transposição de discurso direto para indireto, assumindo que em discurso direto teria sido usado o futuro do indicativo. Saliento que a ata foi lida e aprovada na reunião seguinte, portanto depois do referido evento (a entrega de prémios) já ter sido realizado. Consultei as gramáticas de referência, como a da Gulbenkian, e percebi que de facto, por vezes, as regras mais "clássicas" não devem ser aplicadas, mas não encontrei qualquer regra que justifique que tenham corrigido "seria" e passado para "será". Há alguma regra que eu desconheça e que faça com que esta correção esteja correta? Agradeço muito se me puderem responder, porque estou tentada a continuar a escrever no condicional, quando se tratar da citação em discurso indireto sobre algo que se prevê para o futuro. Obrigada.
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