DÚVIDAS

O pronome eu, oração relativa e modo verbal
Eu tenho um desacordo com alguém que escreveu a frase seguinte: «Necessitam de professores tão comprometidos quanto eles, que valorizem seu tempo.» Eu discordo com "valorizem", pois se eu reescrevesse a frase com "mim", usaria "valorizo" no modo indicativo: «Necessitam de mim, tão comprometida quanto eles, que valorizo seu tempo..» Porém, para ser mais claro, eu poderia reescrever a frase com o verbo "ser", assim, por exemplo: "Necessitam de mim, tão comprometida quanto eles, (e) que sou/seja/fosse responsável o suficiente para ajudá-los.» Poderiam me dizer se realmente não somente o subjuntivo da frase original é válido ou não. E meu exemplo é gramaticalmente idêntico, sabendo que nesse último exemplo ou variação da frase, eu usaria "sou"? Obrigado pela atenção.
Achar e acreditar com os modos indicativo e conjuntivo
Gostaria que me tirassem algumas dúvidas quanto ao uso do indicativo e conjuntivo com verbos de opinião. As gramáticas indicam que depois de verbos de opinião na forma afirmativa usamos o indicativo e depois da negativa usamos o conjuntivo. a) Acho que o livro está na biblioteca. b) Não acho que o livro esteja na biblioteca. Seria agramatical dizer o seguinte? c) Acho que o livro não está na biblioteca. d) Achei que o livro estivesse na biblioteca. De acordo com a regra, d) não deveria ser «Achava que o livro estava na biblioteca»? E quanto às seguintes frases? (e) Não achei que o livro estava na biblioteca. (f) Não creio que hoje fico em casa. E uma última questão, o verbo acreditar segue a mesma regra que os restantes verbos de opinião ou há alguma exceção? (g) Acredito que o livro está na biblioteca. (h) Não acredito que o livro esteja na biblioteca. Com este verbo, soa-me melhor ouvir as duas formas, afirmativa e negativa, no modo conjuntivo. Pedia que me confirmassem se estão corretas as frases. Caso sejam gramaticais, qual é, afinal, a regra para o uso indicativo e conjuntivo com os verbos de opinião? Obrigada!
Frases interrogativas e modo nas orações subordinadas
Sei que o conjuntivo é usado com verbos de opinião na forma negativa, como «não acho que...». Mas também é possível usá-lo em perguntas? Por exemplo, «Achas que ele fale português»? Também gostaria de saber se é usado quando nos referimos ao passado. Por exemplo, «Achas que ele fosse a casa?», em vez de «Achas que ele foi a casa?». Ou depende do grau da incerteza? Muito obrigado.
Relativa sem antecedente, conjuntivo e coesão temporal
Li a seguinte frase: «O que tiveres feito para a enfurecer, sugiro que pare agora.» A minha dúvida é se é correto mudar o tempo verbal para : «O que tivesses feito para a enfurecer...» ou «o que tenhas feito para a enfurecer, sugiro que pare agora». Se não me engano, o uso do verbo ter no futuro do conjuntivo (tiveres) refere-se a uma ação que pode ou não acontecer no futuro, mas acho que a frase no exemplo acima, «O que tiveres feito para a enfurecer, sugiro que pare agora», tem sentido passado. Muito obrigada antecipadamente pela ajuda!
«Estive a ler» (perfeito) vs. «estava a ler» (imperfeito)
Podia dizer-me a diferença entre «estive a ler durante 2 horas» e «estava a ler durante 2 horas», do ponto de vista do significado? Para mim, são frases idênticas, porque na combinação de «estar a» + infinitivo há um aspeto de continuidade e, embora estive não seja um verbo na forma do imperfeito («estive a» infinitivo), a frase tem um sentido de duração, pois o verbo não precisa de estar na forma do imperfeito para transmitir a continuidade da ação. E, formulando a questão de outra forma: 1. Estava a ler quando a Maria chegou 2. Estive a ler quando a Maria chegou Há alguma diferença entre as duas frases do ponto de vista do significado?
Os valores do gerúndio simples e do gerúndio composto
De uma forma muito resumida, costuma-se dizer que a forma simples do gerúndio indica uma ação em curso e a forma composta, por sua vez, indica uma ação concluída antes da ação expressa na oração principal. No entanto nestas duas frases, as duas formas do gerúndio parecem indicar o mesmo tempo, posterioridade à ação expressa na oração principal: Gerúndio simples: «Lendo o livro, podes sair.» Gerúndio composto: «Tendo lido o livro, podes sair.» Na minha leitura, as duas têm o valor de futuro. Está certa a leitura? É uma particularidade das orações que exprimem a ideia de condição? Poderia dar-me outros exemplos de frases em que as duas formas têm o mesmo valor? Obrigada.
Subordinação nominal e concordância: «intimação a pagar»
Devo considerar o complemento «a pagar» da frase «procedam à intimação a pagar» como oração completiva nominal reduzida de infinitivo, deixando o verbo obrigatoriamente no singular? Ou posso considerá-la como oração adverbial final, nesse caso, deixando o verbo na terceira pessoa do plural (porque, esclarecendo o contexto, a intimação é de várias pessoas)? Grato desde já.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa