DÚVIDAS

Expressão, espremeção e espremedura
A enfermeira do setor pergunta: — Como se escreve expressão? Soletrei. Então, ela comenta: — Não! Expressão de ferida. — Como assim? — Quando eu espremo a ferida infectada — ela responde. — Isso não existe. Uma médica que estava presente aproveita a ocasião e me dá uma aula: — Existe, sim! «Expressão de ferida», quando você espreme uma ferida, é muito usual essa colocação. — Doutora, sinto muito em desapontá-la, mas veja os verbos e substantivos: expressarexpressão, espremerespremedura. Aí começou um bate-boca danado, e eu desisti. Poderiam me esclarecer?
A formação da palavra infelizmente
Gostaria que me esclarecessem uma dúvida que surgiu na classificação da palavra infelizmente quanto à sua formação. O DT não refere a «derivação por prefixação e sufixação» e há quem defenda que ela deixou de ser considerada. Deste modo, a parassíntese substitui aquilo que designávamos como derivação por prefixação e sufixação. Mas a definição de parassíntese do DT é clara, e não me parece que a palavra infelizmente possa ser considerada derivação parassintética. Devemos continuar a considerar esta palavra como derivada por prefixação e sufixação? Devemos distinguir claramente estes dois processos: «derivação por prefixação e sufixação» e parassíntese? Obrigada!
Sobre a palavra veredicto/veredito
Consultando dicionários como Aurélio e Houaiss, percebi que a palavra "veredito" (grafada sem C) não existe ou, pelo menos, não está devidamente dicionarizada, pois é registrada apenas a variante "veredicto". No Brasil é mais comum ouvir a palavra pronunciada como [vere'ditu] ou [viri'ditu] onde o C nunca é pronunciado. Estaria essa pronúncia realmente correta, visto que por aqui não se costuma conservar este tipo de consoante quando não é articulada?
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