Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: substantivo
Alexandra Filipe Professora Viseu, Portugal 5K

Gostaria de colocar uma questão relativa à composição de palavras. Relativamente à palavra preposição (lat. prae+positione, sendo que prae é também ela uma preposição + ablativo), gostaria de saber se poderemos considerá-la uma palavra formada por composição: radical + palavra ou se se trata de uma palavra base. A ser considerada uma palavra composta e não uma palavra base, a dúvida prende-se também com o prefixo prae e o seu significado, uma vez que no verbo prepor (lat. prae+ponere) temos o significado de anterioridade ou posteridade na ação. As mesmas dúvidas se colocam em relação às palavras advérbio e pronome, isto é, se podem ser consideradas palavras formadas por composição (rad.+palavra) ou se se trata de palavras simples.

Obrigada.

José Sousa Professor Funchal, Portugal 3K

Gostaria de saber se é correto dizer «autarquia local» ou se a expressão é redundante, pois, em meu entender, autarquia já tem um âmbito geográfico restrito a uma localidade.

Obrigado pelo vosso esclarecimento.

Madalena Professora Porto, Portugal 4K

Existe a variante "ouriço-caixeiro"?

Obrigada.

André Redator Fortaleza, Brasil 8K

No Dicionário Enciclopédico de Teologia, do Prof. Arnaldo Schüler (Editora da ULBRA, Canoas, 2002. p. 172), lemos, no verbete édito: «Ordem judicial tornada pública através de editais ou anúncios»; em edito, temos: «Paroxítono. Norma, lei, determinação oficial, decreto, ordem. P.ex.: Edito de Milão (q.v.). No direito romano, complexo de normas jurídicas.» A obra traz, como aponta a abreviatura q. v. (quod vide), o verbete "Edito de Milão".

Dicionários como o Caldas Aulete e o Priberam corroboram as diferenças conceituais apontadas para esses parônimos (não contemplam, todavia, o exemplo "Edito de Milão").

Minha dúvida reside sobre o assim chamado Edito de Milão. Além do compêndio de Schüler, sei que no meio eclesiástico (o "site" do Vaticano é um exemplo), é comum que se empregue o termo paroxítono para se referir ao decreto imperial que deu liberdade de culto a todos no Império Romano em 313, tornando, por conseguinte, o cristianismo uma religião lícita. A língua italiana também faz distinção (vide, p.ex., o Vocabolario Treccani on-line ou o Dizionario di Italiano on-line do Corriere della Sera) entre edito (pronúncia proparoxítona, com o mesmo sentido do nosso acentuado édito) e editto (pronúncia paroxítona, com o mesmo sentido da palavra portuguesa edito).

Gostaria, pois, de confirmar a grafia Edito de Milão (e não "Édito de Milão", como registram alguns textos, a meu ver erroneamente).

Agradeço, desde já, a gentileza da atenção.

Carlos Marques Revisor Lisboa, Portugal 20K

Existe alguma regra consagrada para separar a menção do género masculino da menção do género feminino, como por exemplo: «trabalhador/a» ou «trabalhador(a)»?

Paula Fernandes Professora Lisboa, Portugal 3K

Como saber que um nome é derivado de um verbo? Há alguma regra específica? Há nomes deverbais que selecionam complemento do nome. Por exemplo, na frase «a construção da ponte foi rápida», está presente um complemento do nome, «da ponte» , selecionado pelo nome construção. E na expressão «a morte do estrangeiro foi injusta», o segmento «do estrangeiro» é complemento do nome? Se sim, porquê? Morte é um nome deverbal? Ou trata-se de um modificador de nome restritivo?

Guilherme Pestana Estudante Funchal, Portugal 6K

Pergunto-vos qual é a diferença semântica entre histórico e historial?

Obrigado desde já!

Álvaro Ávila Professor Zaragoza, Espanha 14K

Existe em português alguma maneira para saber quando os substantivos acabam em -ença ou em -ência? Para mim, como falante de espanhol, é um pouco complicado, porquanto em espanhol apenas existe o sufixo: -encia.

Obrigado.

Patrícia Ana Pereira Dâmaso Professora Ponta Delgada, Portugal 49K

Tenho algumas dúvidas sobre a formação do feminino do nome tigre. Já consultei algumas gramáticas e dicionários que apontam para «tigre fêmea» como sendo a forma correta (como é o caso da Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha). No entanto, em alguns casos, também se verifica a forma tigresa como sendo o feminino de tigre. Devo aceitar tigresa como feminino de tigre?

Estela Barros Porto, Portugal 703K

«Ex.mo/a (s)»,«Exmo/a. (s.)» ou «Exmo/a (s)», «Sr.», «Sra.», «Srs.», «Sras.»? E o plural da abreviatura: «V. Exa.»? «VV. Exas.»?

Pelo que tenho lido, hoje em dia vale um pouco de tudo, no entanto quando se questionam os responsáveis por protocolos e endereçamentos oficiais e institucionais não conseguem nem citar fontes nem justificar o uso desta ou daquela abreviatura.

Grata pela vossa atenção.