«Apesar disso ainda há gente tonta que imagina que/
Se possa continuar a governar/
Com as artimanhas da velha política/
Quando assumirmos o poder faremos tudo para que...»
Cito um extracto de uma tradução de um pequeno texto-brincadeira que circula na Internet. Lido do princípio para o fim, tem um sentido; lido do fim para o princípio, revela sentido inverso. Para tal, deve respeitar-se a mudança de linha e escolher estruturas que permitam a brincadeira em português. A dificuldade está aqui: se se respeita a gramática e se escreve "gente tonta que imagina que se pode governar", ou seja, o verbo imaginar seguido, como é correcto, de verbo no indicativo, a leitura do fim para o princípio não é possível. Pensei assinalar aos meus estudantes que, neste caso, se poderia recorrer ao erro que por vezes é cometido na língua corrente. O que vos parece? Demasiado artificial? Obrigada pela vossa resposta.
Por que motivo não temos por hábito dizer «calçar umas calças»? Ou será que é correcto dizê-lo?
Obrigada.
A frase «A entrada do Fidalgo na barca do Paraíso tinha sido negada pelo Anjo» assume a forma negativa, ou afirmativa? Muito obrigado pelo esclarecimento.
Gostaria de saber qual a transitividade do verbo acreditar e do verbo esquecer e também porque está errada a seguinte frase:
«Acredita-se serem possíveis que as atividades laborais do mercado informal possam, num certo momento, propiciar a transição para o emprego assalariado formal.»
Surgiu-me recentemente uma dúvida que achei pertinente o suficiente para recorrer uma vez mais ao Ciberdúvidas.
Eclodir significa «aparecer; surgir; rebentar; desabrochar», mas numa situação em que um pinto sai da casca, qual o elemento que eclode: o ovo, ou pinto? Suponho que ambos possam eclodir, mas estarei correcto?
Obrigado uma vez mais.
No enunciado: «A Maria está doente e não pode comer carnes vermelhas. O médico proibiu-a de o fazer.»
Como analisar-se sintaticamente o segundo período?
Obrigado.
Quando alguém não entende um assunto, como é que se deve dizer: «tu não atinges», ou «tu não inteliges»? Ou são ambas as construções admissíveis?
Desde já vos agradeço.
Por que razão, antigamente, só existia o verbo haver e não o ter?
Verbo suprir (presente do indicativo): Eu "supro"; tu "sopres"; Ele "sopre"; Nós "suprimos"; Vós "supris"; Eles "soprem".
É assim que se conjuga?
Qual é a forma do presente composto com o verbo haver das seguintes frases escritas com o verbo ter?
«Tenho estudado demais ultimamente.»
«Ela tem feito de tudo para passar no vestibular.»
«Não temos conseguido estudar tanto quanto gostaríamos.»
«Já que vocês têm se comportado muito bem, merecem um prêmio!»
Obrigada!
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