DÚVIDAS

Perífrase de «vir a» + infinitivo
na frase «ela espera que a Ciones venha a ter feito o exame»
A minha dúvida é sobre a diferença de significação entre as seguintes orações: 1. Ela espera que a Ciones tenha feito o exame antes de os seus pais voltarem. 2. Ela espera que a Ciones venha a ter feito o exame antes de os seus pais voltarem. Outra dúvida: a estrutura «vir a» é uma perífrase? Se é, qual é a significação ou função da perífrase?
A construção «acompanhar com...»
Desejava saber como se deve construir o verbo acompanhar na acepção de «relacionar-se com», «associar-se a», e na de «ser servido com», falando-se de pratos. Exemplos: «A Miguela acompanha com um rapaz estranho», «A Miguela acompanha-se com um rapaz estranho», «A feijoada é um prato português e acompanha-se com laranja e arroz branco» e «A feijoada é um prato português e acompanha com laranja e arroz branco.» Sempre se disse: acompanhar-se com? Modernamente o pronome se caiu? Quais são preferíveis das construções na norma culta portuguesa? Agradecimentos cordiais do Brasil.
A formação do verbo desunhar
Face a divergentes opiniões, e após ter consultado o Dicionário de Língua Portuguesa da Academia, gostaria que me elucidassem sobre o processo de formação da palavra desunhar, que, segundo aprendi, é prefixo des + unha + sufixo ar, tal como está no referido dicionário. Será, então, uma palavra derivada por prefixação e por sufixação, ou tem outra classificação? Agradeço antecipadamente a vossa disponibilidade e as vossa lições.
A diferença entre o pretérito perfeito do indicativo e o pretérito imperfeito do indicativo
Esta questão foi-me colocada por um estrangeiro que está a aprender português. Na frase «tu nunca _____ fome», o verbo ter pode ser conjugado tanto no pretérito perfeito (p.p.) como no pretérito imperfeito (p.i.), tendo as frases resultantes significados diferentes: «Tu nunca tinhas fome.»(p.i.) – entendo esta frase como: «Nesse período em particular tu não passaste fome» – vs «Tu nunca tiveste fome» (p.p.) – entendo esta frase como: "Tu nunca passaste fome na vida." Neste caso, aparentemente, o pretérito imperfeito define um período específico, enquanto o pretérito perfeito se refere a um período indefinido de tempo. Tenho, portanto, bastante dificuldade em explicar o que se está aqui a passar gramaticalmente. Podem esclarecer-me esta dúvida, por favor?
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa