A confusão entre o infinitivo pessoal e o futuro do conjuntivo
No que concerne ao infinitivo pessoal, o meu livro diz que se usa com: 1) expressões impessoais («É preciso ires ao supermercado»); 2) preposições («Ao ouvir as notícias, o Leonardo ficou preocupado»; «Não saiam de casa sem eu chegar»); 3) locuções prepositivas («Apesar de serem muitos ricos, não gostam de gastar dinheiro»).
No que concerne às locuções prepositivas, o meu livro dá alguns exemplos do infinitivo pessoal que não consigo entender. «Depois de estudares tudo, podes sair.» O livro diz que nessa frase é usado o infinitivo pessoal, mas na minha opinião é usado o futuro do conjuntivo, já que dá a impressão que é uma ação que vai acontecer no futuro (é a mesma coisa de '«Quando terminares [futuro do conjuntivo] de estudar, poderás sair»).
Podem dar-me alguns exemplos de "Antes de/Depois de + infinitivo pessoal''?
Obrigada pela vossa ajuda.
Permitamo-nos
Tenho encontrado em vários espaços o presente do conjuntivo da conjugação pronominal, 1.ª pessoa do plural, escrito da seguinte forma: "permitamos-nos". Como eu sempre escrevi permitamo-nos, gostaria que me esclarecessem acerca da sua grafia e qual das formas está correta.
O verbo Rocar
O roque no jogo de xadrez é um movimento efetuado entre o rei e a torre. Será possível usar os termos: "roquou" ou "roquado"? Exemplo: «O jogador das brancas roquou» ? -«Após o jogador das brancas ter roquado»? Será necessário usar sempre o verbo auxiliar? Exemplo: «O jogador das brancas ter feito o roque»? Muito obrigado.
O predicado e o predicativo do verbo ser
Gostaria que procedesse à análise sintática desta frase: «Aquele carro é meu.»
A regência dos verbos tornar-se, navegar e tocar
1) Quando procuro no Regime Preposicional de Verbos a regência de «tornar-se», aparece a preposição «em». Mas existem casos em que não é necessário utilizar preposição, correto? Por exemplo: «As casas pequenas tornavam-se grandes, e as grandes tornavam-se pequenas. Outras casas tornavam-se hospitais, e havia umas que se tornavam casa de férias.» Estão corretas assim, ou devem levar preposição?
2) No caso de «navegar», não encontrei, o que quererá dizer que não tem. No entanto, vejo muitas vezes utilizarem «em» («Os mares ficaram poluídos, tornou-se impossível navegar neles») ou «por» («É impossível navegar pelos mares»). Qual está correta, «em», «por» ou nada («navegar os mares»)? Ou todas, dependendo do país ou significado?
3) Quanto a «tocar», penso que será «em», mas vejo muito «tocou-lhe a cara». É correto?
Infinitivo pessoal no segundo verbo,
com sujeito diferente, da mesma frase
com sujeito diferente, da mesma frase
«Há mais coisas no céu e na terra. Entre nós é hábito começar assim contos desse tipo, a fim de se escudar com Shakespeare das setas dos provocadores, para os quais não há nada desconhecido.» Está correta a forma “se escudar” acima, uma vez que foi usada a expressão “entre nós”, que sugere a flexão “nos escudarmos”? Muito obrigado.
Concordância verbal com um sujeito nulo
subentendido numa frase complexa
subentendido numa frase complexa
Tenho dúvida se alguma das seguintes frases estará correta:
1) «Tenho um documento que me pediram que te entregasse.»
2) «Tenho um documento que me pediram para lhe entregar.»
3) «Tenho um documento que me pediram que te fizesse chegar.»
4) «Tenho um documento que me pediram que lhe fizesse chegar.»
Qual das formas estará mais correta? Certamente que o tratamento na 2.ª pessoa do singular (te) ou na 2.ª pessoa do plural (lhe, como se fosse "vos" entregasse) dependerá da relação que o interlocutor tem com a pessoa que aborda.
Mas ainda pergunto, para além disso, sendo esse pedido formulado por uma pessoa para entregar o documento a outrem, se estará correta a conjugação do verbo entregar na frase 1) «entregasse»? O que realmente quero é ocultar quem faz esse pedido, e suponho que, em vez de dizer «X pediu-me que te entregasse isto», se disser «Tenho um documento que me pediram que te entregass»", não revelo a pessoa que faz o pedido.
Por outro lado, se, em vez de "entregasse", estivesse "entregassem", estaria errado?
Perdoe-me a minha ignorância gramatical. Não sei se estou a confundir alguns conceitos, ainda assim, gostaria de ser esclarecido sobre este caso que expus. Obrigado pela atenção.
O verbo sentir na conjugação pronominal reflexa
Na frase em português «eu me sinto bem», o verbo é reflexivo, mas no inglês a frase fica assim: I feel good. A lógica no português é que neste caso a pessoa é praticante e vítima da ação ao mesmo tempo, mas no inglês não. Falando de uma maneira não gramatical, por que no português o verbo é reflexivo, e no inglês não? Por que existe a diferença na forma de pensar na ação (sentir) nessas duas línguas? A lógica não deveria ser a mesma?
«Deixar alguma coisa a alguém»
vs. «deixar alguma coisa com alguém»
vs. «deixar alguma coisa com alguém»
O correto é dizer «deixei à Joana recado à Maria», ou «deixei com a Joana recado à Maria»?
Eu poderia dizer, simplesmente, que deixei recado à Maria, mas quero explicitar a quem incumbi de transmitir à Maria o recado que lhe deixei. Aqui, no Brasil, dizemos, comumente, «deixei com a Joana recado à Maria», mas acredito que esta forma não seja adequada à norma padrão do português, seja brasileiro, seja europeu, pois quem deixa algo o deixa a alguém, e não com alguém, salvo melhor juízo.
Procurei exemplos em corpos linguísticos (prefiro esta forma ao plural latino corpora: é tradução correta?) do português, mas encontro sempre «deixar recado a alguém», sem que se explicite a/com quem se deixou o recado a outrem.
A sintaxe do verbo roubar
Gostaria de saber qual a regência verbal do verbo roubar quando se indica a entidade roubada. Penso que haja uma diferença entre o português europeu (PE) e o português brasileiro (PB), no sentido de no PE a regência ser a e no PB a regência ser de.
Penso também que a é possível no PE, mas creio que com uma mudança de papel semântico, dando origem a uma frase distinta e com um foco diferente:
«Roubaram o doce ao menino.» — O menino foi vítima de um assalto (PE, impossível no PB).
«Roubaram o doce do menino.» — O menino foi vítima de um assalto (leitura PB), ou houve um assalto e foi levado o doce que pertencia ao menino –de Alvo para Fonte, talvez? – (leitura PE).
Obrigada pela atenção.
