O uso de ante em Pernambuco
A construção gramatical «ante a» ou, de forma sincopada, "ant'a", é muito usada por moradores do interior do meu estado, Pernambuco, em frases como: «vá ant'a sua mãe», «fui ant'a meu pai, ele está muito doente», etc.
Todavia eu nunca ouvi tal construção em referência a objetos, só a pessoas. Quero saber se a línguística histórica da nossa amada flor do Lácio algum dia abonou tal construção.
Grato!
Defunto e falecido
Gostaria de saber se o termo defunto pode ser usado para, de maneira respeitosa, referir-se a quem morreu, tal como o latim de cujus é usado.
Certamente a palavra defunto é muito usada de maneira jocosa e desrespeitosa, mas ela também não pode ser usada simplesmente como sinônima de falecido?
Linguagem inclusiva: «os/as trabalhadores/as»
Em documentos, oficiais ou outros, devemos optar pela fórmula «os/as» para consagrar uma linguagem promotora da igualdade do género?
Por exemplo: «O evento destina-se ao/à profissional», ou, no caso do plural, «... a todos/as os/as trabalhadores/as».
Obrigado.
A preposição de nos nomes comerciais (e outros)
Antes de colocar a minha dúvida, gostaria de elogiar toda a equipa do Ciberdúvidas pelo excelente trabalho!
Gostaria que me elucidassem quanto à regência da preposição "de" uma vez que me disseram que não é correto empregá-la nos seguintes casos: Toyota Portugal (e não Toyota de Portugal) Mercedes-Benz Portugal (e não Mercedes-Benz de Portugal). Porém, escreve-se Embaixada de França e não Embaixada França. Também li Igreja Católica Ortodoxa de Portugal (e não Igreja Católica Ortodoxa Portugal). Se vos fosse possível indicar-me qual a forma correta, ficaria muito grata.
A coesão em «duas irmãs mais velhas»
e em «a irmã mais nova»
e em «a irmã mais nova»
Eu dou aulas de Português como Língua Não Materna (PLNM).
Num texto aparece o seguinte:
«Eu sou o Rui e vivo com os meus pais, os meus avós e as minhas duas irmãs mais velhas»
No segundo parágrafo surge o seguinte:
«Eu estou no meu quarto a jogar às cartas e a minha irmã mais nova está a estudar no quarto dela.»
Provavelmente o narrador queria referir que essa é a irmã mais nova das duas irmãs mais velhas... Contudo, é correto exprimir essa ideia dessa forma?
Quem lê o texto é induzido em erro, pensando que o narrador, na verdade, tem três irmãs, referindo-se à mais nova...
Município e concelho (Portugal)
A minha questão relaciona-se com o uso frequente do termo município com o significado de «câmara municipal». Este uso é correto ou a palavra mágica município apenas se refere a território, concelho?
O ato ilocutório assertivo na frase
«Ele assegura que ela dialoga»
«Ele assegura que ela dialoga»
Estou a estudar os atos ilocutórios e surgiu-me uma dúvida. Os atos ilocutórios têm em conta o locutor e os verbos que expressam a sua intencionalidade.
Tendo em conta este aspeto, na frase «O autor assegura que a personagem dialoga com os leitores», estamos perante um ato ilocutório assertivo ou compromissivo?
No manual, o verbo assegurar aparece na lista do ato compromissivo.
Muito obrigada pela ajuda.
A elipse em «jornalista RTP»
Em «jornalista RTP» e «reportagem SIC», qual é a função sintática da sigla e do acrónimo? São modificadores restritivos?
A contração daí
Perguntava-vos e a contração daí funciona como atrator do pronome:
«Conheceu a Ana e daí se apaixonou por ela.»
Obrigado.
Verbos com a expressão «pedra no sapato»
Relativamente à expressão idiomática «pedra no sapato», perguntava-vos se a mesma pode ser acompanhada, dependendo do contexto, dos verbos estar ou ficar.
Obrigado.
