A fonte de que dispomos é o Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, de José Pedro Machado.
Meligioso
Sem dados no dicionário consultado.
Trezói
José Pedro Machado lembra que Rebelo Gonçalves (Vocabulário da Língua Portuguesa) recomenda a forma Tresoi, apesar de se ter impsto a forma Trezói. Esta não é fiel à pronuncia local, que é [tɾɨzoj], com ó "fechado". Machado acrescenta que este nome está documentado talvez desde 1056, como antropónimo (Trasoy) e com mais segurança desde 1066 e 1258, como topónimo. Considera que tem origem germânica: «de *thrasa, "briga, questão", e -ói, talvez do godo weiths, "santo"».
Mortágua
Para Machado é obscura a origem deste topónimo, «apesar das várias hipóteses que admitem a preença do voc. água».
Penacova
Segundo Machado, é topónimo existente no Centro e no Norte de Portugal, bem como na Galiza, nas Astúrias (Penacoba) e no Norte de Castela (Peñacoba, em Burgos). Tem origem em pena (= penha) e cova, feminino do adjectivo covo, «côncavo». Como designação de uma vila do concelho de Coimbra, Machado confirma que «na verdade, no local existe uma penha com acentuada depressão».
Boas-Eiras
Sem dados no dicionário consultado. No entanto, o topónimo parece transparente, isto é, interpretável a partir do sentido das palavras que o constituem, deixando supor que no lugar assim chamado se distinguia por ter «boas eiras». Mesmo assim, esta hipótese tem de ser confirmada pela documentação disponível sobre a história da povoação. Como tal não foi possível, tome-se o que aqui se diz como uma mera sugestão.