Com o verbo agradar, pressupõe-se a noção de intensidade, afim da de quantidade, como acontece com gostar: «agradar muito», «agradar pouco». Quando a construção é superlativa ou comparativa, os advérbios muito e pouco passam a mais e a menos: «o chá agrada mais/menos à Teresa do que o café»; «o chá é a bebida que lhe agrada mais.» Outros verbos são compatíveis com a ideia de qualidade («parece bem/mal sair em pijama» > «sair em pijama parece melhor/pior do que em roupão», «sair em pijama é o que parece melhor») ou até se associam a valores tanto de qualidade como de quantidade («escreve bem/muito» > «ele escreve melhor que ela», «ela escreve mais agora do que no ano passado»). Contudo, não é este o caso de agradar ou gostar: «o chá agrada-lhe "melhor" que o café» e «ela gosta melhor de chá» têm aceitabilidade nula. Mesmo assim, note-se que um verbo sinónimo de agradar, aprazer (que muitos gramáticos consideram defectivo), aceita os superlativos «muito bem» e melhor: «Faça como muito bem/melhor lhe aprouver.»