Tudo depende do tipo de relação que se define entre o segundo substantivo e o primeiro. Se o primeiro substantivo for especificado pelo segundo, este não deve ser pluralizado. Se os dois substantivos estabelecerem uma relação de coordenação entre as realidades que nomeiam, então, vão os dois para o plural.
Em relação aos três casos apresentados, temos:
a) homens-máquina, se a intenção for referir um tipo de homens, ou homens-máquinas, se se pretender referir seres que conjugam qualidades humanas e mecânicas (cf. homem-pássaro, com os plurias homens-pássaro e homens-pássaros, no Dicionário Houaiss);
b) eventos-monstro, porque é de esperar que monstro seja utilizado adjectivalmente, no sentido de «enorme» — logo o segundo substantivo fica invariável;
c) laranja-lima é um caso semelhante a a), podendo ter como plurais laranjas-lima e laranjas-limas.1
1 O Dicionário Houaiss consigna apenas laranjas-lima, composto formado por dois substantivos, mas, em relação à entrada laranja-cravo, também constituída por substantivo + substantivo, regista dois plurais laranjas-cravo e laranjas-cravos, permitindo legitimar o plural laranjas-limas.