A designação quantificadores relativos está realmente incluída na Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário (TLEBS), agora adoptada em Portugal. Um quantificador é uma palavra que especifica um nome, contribuindo para o seu valor referencial, como um determinante; no entanto, distingue-se deste, porque faculta «informação sobre o número, a quantidade ou a parte das entidades designadas» (in «quantificador relativo», TLEBS). São quantificadores relativos quanto e cujo, usados em exemplos como (1) e (2) (exemplos do artigo já referido): (1) Vou comer quantos chocolates encontrar (2) Encontrei o filme cujo realizador foi premiado. No artigo da TLEBS sobre os quantificadores relativos explica-se também que estes têm uma dupla função na frase em que ocorrem, porque são simultaneamente especificadores de nome [em (1), «chocolates», e em (2), «realizador»] e conectores entre a frase subordinada e a subordinante. Quanto à grafia das formas que menciona, parece-me que a forma dêixis é melhor que deixis, uma vez que o étimo grego era paroxítono (cf. Dicionário Houaiss). Como lápis, que também termina em -is, dêixis terá de levar acento gráfico para indicar que não é palavra aguda, mas sim grave. Finalmente, quanto a gramáticas, não conheço as que se destinam ao contexto pedagógico. De qualquer maneira, e enquanto a TLEBS estiver ainda nesta fase inicial, sugiro a Breve Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha e Lindley Cintra.