Na verdade não há instrumentos muito elucidativos a este respeito. Consultando os dicionários de português europeu, verifica-se que o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, o Grande Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora e o Dicionário Verbo da Língua Portuguesa dão guineense e guinéu como gentílicos possíveis para as três Guinés.
O Grande Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora tem duas entradas mais específicas. Regista as palavras guinéu-equatoriano como «natural ou habitante da Guiné Equatorial», pelo que parece o termo de uso mais pacífico, e guineano como «natural ou habitante da Guiné». É de supor que se trata da Guiné-Conacri, pois este nem sempre aparece escrito na sua forma plena. Aliás, logo a seguir, o mesmo dicionário tem a seguinte definição para guineense — «1 pessoa natural da Guiné; 2 pessoa natural da Guiné-Bissau; pessoa natural da Guiné Equatorial» —, pelo que se depreende que, quando usa apenas Guiné, se refere à Guiné-Conacri.
N. E. (15/07/2016) – O Código de Redação Interinstitucional para o uso do português na União Europeu regista equato-guineense, que é aplicável aos dois géneros e se afigura boa alternativa a guinéu-equatoriano; também o dicionário da Porto Editora e o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, consignam equato-guineense, apesar de ambos acolherem paralelamente guinéu-equatoriano. Observe-se que na forma de feminino guinéu-equatoriana, registada no Vocabulário Ortográfico do Português (VOP) e no Vocabulário Ortográfico Comum, não varia o adjetivo guinéu, embora o feminino correspondente seja guineia (cf. VOP), o que se explica por, num adjetivo pátrio composto, se manter sem alteração o primeiro elemento (Cabo Verde → cabo-verdiana; Nova Iorque → nova-iorquino).