Gostava de saber como se escrevem as seguintes palavras de acordo com o novo acordo ortográfico:
não-linguística
espácio-temporal
para-linguística
sócio-cultural
público-alvo
audio-descrição
estados-membros
áudio-verbal
não-verbal
dia-a-dia
espectador-alvo
norte-americano
hoje-em-dia
longa-metragem
mais-que-perfeito
palavra-chave
Como se usa correctamente: verificámos, ou verificamos?
O Dicionário Priberam online apenas reconhece a grafia interruptor. Ora verifiquei, por mero acaso, que o Dicionário da Porto Editora reconhece igualmente a forma interrutor, chegando a dá-la como exemplo de dupla grafia.
Em qual dessas fontes devo acreditar?
Existem na área médico-dentária (as minhas dúvidas começam aqui mesmo...) inúmeras palavras cujo uso se foi generalizando mas cuja grafia suscita dúvidas à grande maioria dos profissionais com quem tenho falado. Assim, para cada um dos exemplos abaixo indicados*, gostaria de saber qual a opção mais correcta: unir as duas palavras que estão na sua origem (ex.: "medicodentária"), uni-las utilizando um hífen (ex.: "médico-dentária") ou mantê-las separadas (ex.: "médico dentária").
* "médico-dentária", (diagnóstico) "pré-ortodôntico", (considerações) "muco-gengivais", "pró/retro-inclinação" (incisiva), "sobre-erupção" (dentária), (reabsorção) "intra-óssea", (ortopedia) "dento-facial", (formação de) "pseudo-bolsas", (placa bacteriana) "sub/supra-gengival", (relação) "inter-arcadas", (radiografia) "peri-apical", ("brackets") "auto-ligáveis", (goteira) "termo-formada", (segmento) "incisivo-canino".
Desde já, muito obrigada!
Consultando o Acordo Ortográfico no Portal da Língua, continuo com dúvidas no que diz respeito ao uso de maiúscula ou minúscula nos axiónimos/palavras usadas reverencialmente. Diz-se do uso de minúscula: «Nos axiónimos/axiônimos e hagiónimos/hagiônimos (opcionalmente, neste caso, também com maiúscula): senhor doutor Joaquim da Silva, bacharel Mário Abrantes, o [c]ardeal Bembo; santa Filomena (ou Santa Filomena).» O opcionalmente diz respeito aos axiónimos, ou só aos hagiónimos?
Por outro lado, diz-se do uso de maiúscula:
«Opcionalmente, em palavras usadas reverencialmente, aulicamente ou hierarquicamente, em início de versos, em categorizações de logradouros públicos: (rua ou Rua da Liberdade, largo ou Largo dos Leões), de templos (igreja ou Igreja do Bonfim, templo ou Templo do Apostolado Positivista), de edifícios (palácio ou Palácio da Cultura, edifício ou Edifício Azevedo Cunha).»
Assim, as palavras usadas revencialmente incluem os axiónimos?
Consultei [...] esta resposta.
Talvez pelo facto de as minhas línguas maternas — o espanhol e o catalão — estarem muito sistematizadas, em grande parte para facilitar a vida de quem escreve, não pude, depois de ler a mencionada resposta, deixar de me perguntar se tem algum sentido escrever "cor-de-rosa" com hífen e "cor de laranja", "cor de tijolo" ou "cor de vinho" sem o mesmo. Pessoalmente, acho que não e apenas confunde e dificulta a vida, para além de me parecer completamente arbitrário, mas gostaria de saber a sua opinião de linguistas especialistas em português, que vêem a língua desde dentro, e não de fora como eu.
Muito obrigado.
Os novos manuais para o 7.º e 11.º anos incluem textos escritos antes do Novo Acordo Ortográfico – textos literários e não literários; no entanto, os mesmos aparecem já com a nova grafia. Será legítimo alterar textos, nomeadamente os literários?
Pela lógica, um acordo ortográfico serve entre outras coisas para normalizar a língua. Como se entende então que passe a haver um elevado número de palavras com múltiplas grafias possíveis em Portugal — ex.: aspecto e aspeto, caracteres e carateres, facto e fato, sector e setor, ceptro e cetro, concepção e conceção, corrupto e corruto, recepção e receção? Não trará isto ainda mais confusão desnecessária à língua? Porque não se obriga à escrita de uma única grafia? Não conheço nenhuma língua entre as mais faladas do mundo que admita tal enormidade. Qualquer dia nem vale a pena ter um dicionário para consultar a grafia correta das palavras se tudo começa a ser possível. Para isso voltemos aos tempos em que cada qual escreve como lhe apetecer sem qualquer regra, sempre seríamos mais coerentes.
Aproveito a polémica gerada em torno das novas regras do AO relativas a dois aspetos:
1) Se supermãe passa a ser grafado sem hífen, que sucede a "super-mulher"? Junta-se os dois termos, prefixo e nome? Qual a razão?
2) Relativamente ao acento diferencial, para do verbo parar, de facto, eliminou o acento que o distinguia da preposição para. Neste caso, porque é que "está" do verbo estar não o perde como diferenciador do determinante demonstrativo esta? Qual a razão?
Muito obrigada pela vossa atenção.
Dado que em textos técnicos do ramo automóvel aparecem as duas opções, entre colegas tradutores surgiu a dúvida sobre qual das formulações está correcta: "ponto morto" ou "ponto-morto", com o significado de "ralenti" ou "posição dos elementos de uma máquina em que não pode haver transmissão de movimento para a produção de trabalho útil" (Infopédia, que lista "ponto-morto").
Agradeço desde já a atenção dispensada.
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