Qual o valor expressivo da gradação das formas verbais presente no poema O que há em mim é sobretudo cansaço [de Álvaro de Campos]: «ame» (v. 14), «deseje» (v. 15) e «queira» (v. 16) e as correspondentes «amo» (v. 18), «desejo» (v. 19) e «quero» (v. 20):
«Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada –
– Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...»
Gostaria que alguém me ajudasse na análise da figura de estilo presente no 2.º verso do último terceto do poema Prefiro rosas, meu amor, à Pátria, de Ricardo Reis. Aqui deixo o terceto:
«Nada, salvo o desejo de indif’rença
E a confiança mole
Na hora fugitiva.»
Agradeço desde já toda a ajuda que me puder ser dada!
Gostaria que me esclarecessem se, neste excerto do Sermão de Santo António aos Peixes, são visíveis interrogações retóricas ou, apenas, uma sucessão de frases interrogativas curtas.
«Que faria neste caso o ânimo generoso do grande António? Sacudiria o pó dos sapatos, como Cristo aconselha em outro lugar? Mas António com os pés descalços não podia fazer esta protestação; e uns pés a que se não pegou nada da terra não tinham que sacudir. Que faria logo? Retirar-se-ia? Calar-se-ia? Dissimularia? Daria tempo ao tempo? Isso ensinaria porventura a prudência ou a covardia humana; mas o zelo da glória divina, que ardia naquele peito, não se rendeu a semelhantes partidos.»
Obrigada pela atenção.
Surgiu-me uma dúvida quanto aos recursos estilísticos usados n´Os Lusíadas. No canto IV, na estância 30: «Derriba, e encontra, e a terra enfim semeia / Dos que a tanto desejam, sendo alheia.»
Há alguma metáfora? Se sim, pode explicar porquê?
Obrigado.
N´O Mostrengo, de Fernando Pessoa (Obra: Mensagem), pode ler-se:
«À roda da nau voou três vezes
voou três vezes a chiar»
(est. 1, vv.3-4).
Podemos considerar que existe uma anáfora, apesar de não começar no início do verso? Se não, que recurso expressivo podemos considerar?
Estou a fazer um trabalho de Retórica sobre o discurso de Júlio César de Shakespeare e precisava de saber mais sobre as seguintes figuras: aposiopese, cleuasmo, hipotipose, paralipse.
Obrigado.
Na frase que se segue, estamos perante que recursos retóricos (metáfora, comparação, personificação...): «...foi como se um sino tivesse tocado no coração do mundo»?
No Auto da Barca do Inferno, [de Gil Vicente], nomeadamente na cena do Onzeneiro, o recurso estilístico presente na expressão «me deu Saturno quebranto» é a metáfora, ou o eufemismo?
Poderiam me explicar se a frase «O povo estourou de tanto rir» é uma metonímia, ou uma metáfora?
Gostaria de saber se a figura de estilo presente nestes versos é a anástrofe ou o hipérbato:
«Rosas amo dos jardins de Adónis,
Essas volucres amo, Lídia, rosas»
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