Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: História da língua
José Soares da Silva Aposentado Amoreira, Óbidos, Portugal 3K

A expressão «ruço de mau pelo» tem qualquer coisa a ver com o romance Rosso Malpelo de 1878 do escritor italiano Giovanni Verga?

O romance conta a história de Rosso Malpelo, um garoto ruivo que trabalha numa pedreira de areia vermelha na Sicília. Pressionado pelos preconceitos da mentalidade popular acerca das pessoas com cabelos ruivos, Roso Malpelo não encontra afeto nem mesmo junto da própria mãe.

Jorge Branquinho Professor Évora, Portugal 5K

É conhecida a origem da expressão «às duas por três», que justifica o sentido que tem («subitamente»)?

Laudicea Ramos Advogada João Pessoa, Brasil 3K

Estou escrevendo um romance de época que se passa em 1930. As expressões «matar dois coelhos de uma só cajadada» e «panos pras mangas» existiam nessa época?

Gonçalo Falcão Professor Lisboa, Portugal 3K

A palavra família tem acento. Contudo os jazigos do Cemitério dos Prazeres [...] [em Lisboa] têm uma grande percentagem de inscrições com família sem acento.

Estou a fazer uma recolha de letras dos jazigos e verifico que a iliteracia tipográfica é frequente contrastando com o investimento arquitectónico: problemas de espaçamento (entre letras e entre palavras), de escolha tipográfica (o novo jazigo dos escritores portugueses é um bom exemplo, mas até um em Comic Sans encontrei), de boa anatomia das letras, de composição (o do Jaime Cortesão…) etc. Mas intrigou-me bastante o aparecimento muito frequente da palavra família sem acento.

A acentuação da palavra é uma coisa recente (muitos dos jazigos vêm do século XIX e os mais recentes podem ter querido grafar à antiga para sugerir a tradição familiar)?

Obrigado pela ajuda desde já.

Amanda Soares Estudante Recife, Pernambuco, Brasil 1K

Consultei vários glossários e dicionários e nenhum, dos que possuo, pôde me auxiliar no entendimento dessa contração marcada pelo apóstrofo («que a'm poder tem») nos versos que se seguem.

Trata-se de uma sinalefa? Se sim, como desenvolvê-la e como construí-la na ordem direta?

«(...) Deus nom mi a mostre, que a 'm poder tem,
se eu querria no mundo viver
por lhe nom querer bem nem a veer.'»

(Rui Pais de Ribela, ''A mia senhor, que mui de coraçom")

Desde já, agradeço a atenção dispensada.

Lucas Tadeus Oliveira Estudante Mauá, Brasil 2K

Quando se passou a tratar por vós a pessoa respeitável que conheçamos, em vez de usá-lo, esse pronome, a referir a várias pessoas?

E quando surgiram os demais pronomes de tratamento, como Senhor, Vossa Mercê (você/"cê") e tantos outros.?

Os latinos os usavam, tinham os seus próprios ou não possuíam esse tipo de pronome, preferindo apenas os velhos e bons tu e vós àqueles?

Luís Costa Correia. Lisboa, Portugal 1K

Na introdução da vossa página inicial refere-se que este serviço é gracioso.

Creio contudo que deveria ser dito gratuito em vez de gracioso.



Armando Dias Reformado Lagos, Portugal 2K

Há dias, ouvindo uma entrevista televisiva ao coreógrafo e professor luso-cabo-verdiano de artes circenses Pascoal Furtado, o entrevistador pronunciou sempre a palavra acrobata, com o "o" acentuado (/akròbata/).

Parece-me um erro, certo?

Muito obrigado.

Álvaro Oliveira Faria Reformado Lisboa, Portugal 3K

Tenho esta dúvida: qual a razão de o género nos cardinais um/uma e dois/duas ser o masculino e o feminino e nos restantes haver apenas o neutro?

Obrigado.

Carlos Almeida Professor Viseu, Portugal 2K

Porquê escrever coletânea, e não "coletânia" para uma coleção de textos?