Com a nova terminologia surgem algumas dúvidas, nomeadamente nos vários tempos verbais: futuro imperfeito do indicativo? Futuro imperfeito do conjuntivo? Futuro perfeito composto? Tenho alguma urgência na resposta, por isso, se me pudessem responder prontamente, agradecia.
Das muitas e sábias respostas que o Ciberdúvidas dá, diariamente, surgirão, decerto, alguns discordantes.
Habitualmente, eu não me manifesto. Mas hoje... há duas respostas que ferem as minhas convicções gramaticais mais profundas.
Primeira:
«… gostei de muitos quadros.» – «de muitos quadros» é um complemento directo preposicionado. E essa seria a resposta que, a meu ver, deveria ter sido dada.
Complementos preposicionais há muitos, muito diferenciados – e metê-los todos num só saco é uma opção da TLEBS que ninguém deveria aceitar.
Penso, até, que a TLEBS está a ser erradamente aludida pelo Ciber como autoridade na análise gramatical. Não o é.
Segunda:
«... Clio, musa da História, adormeceu enfadada.»
Admite-se, na vossa resposta, que «enfadada» se possa interpretar como circunstância de modo e, nesse caso, como modificador verbal.
Não posso concordar. Não vejo como é que um adjectivo, feminino, possa ser modificador verbal. «Enfadada», nesta frase, é só um predicativo do sujeito.
É evidente que não sou senhor da verdade. Gosto, apenas, de estudar e... se for caso disso, de ser contrariado com argumentos que mais me prendam ao estudo.
Aceitem estes reparos como prova da imensa consideração que tenho pelo vosso trabalho.
Sou professora de Português e estou neste momento já a adoptar a TLEBS, no entanto a propósito do tema apresentado surgiu-me esta dúvida: Nas frases: «Adiou-se o teste para a semana» e «Os alunos vão a Lisboa», o constituinte «para a semana» e «a Lisboa» são complementos preposicionais ou complementos adverbiais? O que diferencia um complemento preposicional de um adverbial, o facto de o primeiro ter como núcleo uma preposição e o segundo um advérbio, ou a resposta é mais complexa? Esta temática aparece muito confusa nos manuais e pouco esclarecida na TLEBS, os professores precisam de saber como e o que ensinar aos seus alunos.
Eu queria ajudar a minha filha sobre esta questão, mas tenho uma dúvida. Os quantificadores são determinantes?
Muitos parabéns e muito obrigada pela ajuda preciosa que facultam a todos os que se interessam pela língua portuguesa. As minhas dúvidas dizem respeito à divisão e à classificação de frases, de acordo com a TLBS, no seguinte excerto da crónica de N. Crato de 26/1/06:
«Encontrei depois um amigo e conversámos um pouco. Lembrei-me de um dos segredos da Nokia: os transformadores têm todos a mesma saída, de forma que um carregador de um telemóvel serve em qualquer outro da mesma marca. É uma ideia positiva. Inovar nos carregadores de telemóvel de cada vez que sai um modelo novo é um hábito desagradável de outros fabricantes.»
Muito grata pela atenção dispensada.
Gostava de saber se "contratempo", pela nova Terminologia, é uma palavra composta ou derivada. Pela "velha terminologia", seria uma palavra derivada por prefixação. Segundo a nova terminologia, sempre que um prefixo ou sufixo tem significação própria será uma palavra composta. Do meu ponto de vista, o prefixo "contra" tem um significado, daí a minha dúvida.Desde já agradeço a vossa disponibilidade,
Gostaria de saber se o advérbio «forçosamente» poderá ser de afirmação ou se o sufixo «-mente» o torna logo advérbio de modo.
Obrigada.
Sou professora de Língua Portuguesa e já não é a primeira vez que encontro, em alguns manuais, o vocativo referido como uma figura de estilo. Pode ser ou não? Em que situações?
Grata pela vossa disponibilidade e confiando no vosso excelente apoio.
Uma vez mais, gostaria de ver abordado o conceito de predicativo do sujeito.
Observem-se as seguintes transcrições da TLEBS:
– «Advérbio adjunto de tempo:
Um advérbio adjunto de tempo pode ser núcleo de um grupo adverbial com a função sintáctica de complemento adverbial (ii), ou de modificador adverbial. (ii) A festa de anos do Zé é [amanhã].»
– «Predicativo do sujeito:
(iv) A minha casa é [aqui].»
Pergunta:
Por que razão «amanhã» é um complemento adverbial, e «aqui» é um predicativo do sujeito?
Aproveito para lhes enviar os meus parabéns pelo trabalho precioso que têm vindo a desenvolver.
Gostaria que me esclarecessem sobre os dois últimos exemplos dados no CD sobre a TLEBS, no que concerne à identificação do predicativo do sujeito.
«A Joana ficou (na escola).»
«A minha casa é (aqui).»
Trata-se de uma gralha... ou é mesmo a sério? Sempre fui habituada a reconhecer a existência do predicativo do sujeito em frases como «A Joana permanecia feliz», «A minha casa é um espanto!», «O jornalista continuou atento»... et caetera!
No entanto, nunca teria considerado «na escola» e «aqui» predicativos do sujeito...
Obrigada pela atenção que puderem dispensar a esta minha dúvida!
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