Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Tema: TLEBS
Cecília Silva Professora Azeitão, Portugal 16K

Encontrei no mais recente dicionário da Porto Editora as grafias “mini-saia” e “minissaia”. É mesmo assim? A que regra posso recorrer para não ter dúvidas com este prefixo “mini-”? Fiquei a saber, pelas vossas respostas, que miniteste não leva hífen...

Antecipadamente agradecida pela vossa atenção.

Margarida Cunha Portugal 10K

A TLEBS não refere as orações interrogativas indirectas, classificando-as apenas como completivas. Porém, se nos orientarmos pelo que aí é dito sobre este tipo de subordinadas, ficamos sem saber como devem ser analisadas frases do tipo das que seguem:
1. Diz-me como te chamas.
2. Ignoro onde ela vive.
3. Perguntei quando regressavas.
4. Não sei que aluno faltou à aula.
5. Não sei quantos alunos faltaram às aulas.

De facto, a TLEBS não fala de advérbios interrogativos e parece não fazer referência a determinantes interrogativos. Aliás, a enumeração dos vocábulos que, segundo a TLEBS, podem introduzir subordinadas completivas não inclui nenhum dos que acima utilizamos. Que devemos concluir?
Ainda outra dúvida: como devemos dividir e classificar as orações na frase «Não sei (o) que tenho»:
a) Subordinante: «Não sei o (=aquilo)»;
Subordinada relativa: «que tenho»;
ou
b) Subordinante: «Não sei»;
Subordinada completiva (interrogativa indirecta?): «o que tenho.»
Muito obrigada.

Carmem Ferreira Professora Azeitão, Portugal 3K

Gostaria de saber se na análise sintáctica da frase «Toda a paz da natureza vem sentar-se a meu lado» devo considerar como complemento directo «sentar-se a meu lado» ou «vem sentar-se» como predicado e «a meu lado» como complemento circunstancial de lugar?

Atentamente,

Manuela Cunha Professora Porto, Portugal 21K

Pode explicar-me o significado desta designação que aparece na TLEBS? Elas contrapõem-se a que outras?
Os meus agradecimentos.

Ana Costa Portugal 6K

«Menina e moça me levaram de casa de meu pai»: «...de casa de meu pai» é um complemento ou modificador da frase? Esta é uma das situações em que tenho muitas dúvidas, apesar das vossas excelentes explicações.
Obrigada.

Ciberdúvidas da Língua Portuguesa 2K

1. A aplicação em Portugal da nova Terminologia Linguística para o Ensino Básico e Secundário (TLEBS) mantém-se tema freq[ü]ente nas perguntas que nos fazem. Neste âmbito, sugerimos a leitura das respostas Advérbio adjunto ou disjunto?, As orações pequenas na análise sintáctica e Os complementos e os modificadores restritivos do nome.

2. Para os que se interessam mais pelos aspectos histórico-culturais da língua, propomos Nomes de bebidas com café em Portugal e O significado e a origem da expressão «tratos de polé». Sobre o que se pode ou não dizer e escrever (por exemplo, criação de palavras, combinação de formas verbais e pronominais), recomendamos A combinação de pronomes átonos e Pó de talco. E temos ainda o Pelourinho, a explicar que homens-a-dias é melhor do que ”maridos-a-dias”.

3. Já agora, pedimos mais uma vez aos nossos consulentes que não nos enviem perguntas do Campeonato Nacional da Língua Portuguesa, a decorrer em Portugal, porque não podemos favorecer os concorrentes que nos procuram. Gostaríamos também de fazer mais um pedido: não nos enviem a mesma pergunta dias seguidos, porque não temos meios para evitar uma escusada duplicação de respostas por reencaminhamento para consultores diferentes.

4. Lembramos entretanto que o Ciberdúvidas continua a desenvolver a sua colaboração com a RDP, a rádio pública portuguesa. Além de manter o programa Páginas de Português, emitido todos os sábados às 13h30 (hora portuguesa) pela Antena 2, terá proximamente duas novas rubricas, uma na RDP África e outra, já a partir da próxima segunda-feira, dia 20, na Antena 1, com o título O Jogo da Língua. Esta rubrica, que irá para o ar de segunda a sexta-feira depois das 15 horas, é, como o nome indica, um jogo com perguntas múltiplas sobre dificuldades e curiosidades da Língua Portuguesa, com respostas dos ouvintes e um esclarecimento posterior a cargo da professora universitária Margarita Correia.

5. Ficamos a aguardar mais perguntas. Boa semana.

Júlia Marques Professora do ensino secundário Portugal 5K

O mesmo advérbio poderá ser adjunto ou disjunto consoante o contexto? Se os advérbios adjuntos são internos ao grupo verbal e os disjuntos são modificadores de frase, no exemplo «E somos poucos, aqui, não mais de cinquenta» (J. R. Miguéis, Gente de Terceira Classe), o advérbio «aqui» parece-me menos ligado ao verbo do que à frase, tanto mais que está entre vírgulas. Assim, seria disjunto. Por outro lado, segundo a TLEBS, os antigos advérbios de lugar (como é o caso) são adjuntos. O advérbio «talvez», no exemplo «Talvez devesse antes dizer de infortúnio» (ibidem), parece-me adjunto, sobretudo porque o modo conjuntivo é solicitado pelo advérbio. Mas, de acordo com a TLEBS, os tradicionais advérbios de dúvida são disjuntos... Gostaria de obter um esclarecimento.
Grata pela atenção.

Maria Moreira Portugal 9K

Gostaria de começar por lhes agradecer a ajuda que me têm dado na resolução das muitas dúvidas que a língua portuguesa levanta. Muito obrigada!
Entretanto, aqui lhes coloco mais algumas questões:
1. Não encontrei na nova Terminologia linguística o conceito de conjugação perifrástica. Deve continuar a ser considerado? Será que a análise do aspecto verbal e dos valores modais substitui o estudo da perifrástica?
2. Quando, numa frase, surgem os verbos modais dever e poder, estes devem ser encarados como meros auxiliares ou devemos vê-los como núcleo de um grupo verbal e seleccionando uma oração não finita como complemento directo?
Assim, a frase «Devo trabalhar» deve ser analisada como uma frase simples ou complexa?
3. Como analisar sintacticamente frases do tipo «Cansada, ela calou-se»?
Muito obrigada.

Isabel Amorim Porto Portugal 6K

Como distinguir um complemento do nome de um modificador restritivo do nome? Por exemplo, na frase «A porta de casa estava aberta», «de casa» é complemento do nome «porta»?

Matilde Palma Beja, Portugal 5K

Como é que é possível que os miúdos do terceiro ano do ensino básico estejam a iniciar o estudo da gramática com a terminologia anterior à TLEBS quando esta está a ser implementada no ensino secundário? Não deveriam ser os miúdos mais novos os primeiros a contactar com esta terminologia?