Correio - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Júlio César Lopes Estudante universitário Brasil 1K

Sou estudante de Letras e estou apaixonado por lingüística. Como vocês são mestres no assunto (pude ver neste sítio), gostaria de ter informação de como conseguir uma bolsa de pós-graduação em portugal e, também, receber referências bibliográficas sobre o assunto.

Júlio Lima Espanha 1K

Confesso que o sr. Manuel Leal tem razäo nas suas afirmaçöes [ver Angola "in English" no Conselho de Segurança II]. A minha afirmação sobre a utilização do Alemão tem a sua origem na pura presunção(razão pela qual peço as minhas desculpas), causada pelo desagradável costume da televisäo espanhola (TVE) deixar as suas transmissões a meio (não foi possivel ouvir as declarações da Alemanha, Bulgária e grande parte das da própia Angola, entre outras), prática que eu considero uma falta de respeito pelo telespectador em geral. A verdade é que não me lembrei da não-condição do Português como língua oficial das Naçöes Unidas (condiçäo injusta na minha opinião tendo em conta a sua expansão e importância no mundo). Agradeço o esclarecimento do sr. Manuel Lima. Mas o que também não deixa de ser verdade é a maior importância dada ao Inglês no sítio oficial da República de Angola (www.angola.org), em detrimento do Português, pondo a lingua oficial do país ao mesmo nível do Francês.

Adalberto Teixeira Varela Cabo Verde 1K

Gostaria que me indicassem algumas fontes bibliográficas onde eu possa encontrar temas relacionados com a Formação de Professores em Língua Portuguesa em Cabo Verde. Um abraço fraterno.

Manuel Leal Portugal 1K

Gostaria de esclarecer o consulente Júlio Lima, que se interroga sobre a razão de o representante de Angola não se ter exprimido em Português no Conselho de Segurança das Nações Unidas [ver mensagem anterior]. As línguas que ele ouviu dos outros representantes são todas línguas oficiais das Nações Unidas (Chinês, Inglês, Francês, Russo, Espanhol e Árabe). O representante da Alemanha, Joschka Fischer, tanto quanto pude ouvir, exprimiu-se em Inglês e não em Alemão. Não sendo o Português língua oficial da ONU, o representante de Angola não podia utilizá-lo, pelo que são injustas as acusações que o sr. Júlio Lima lhe faz. Todos gostaríamos que o Português também fosse língua oficial da ONU, mas é forçoso reconhecer que os critérios de escolha das línguas não são puramente aritméticos. Basta ver que o Híndi, língua falada por 487 milhões de pessoas - mais do dobro do Português -, também não é língua oficial nas Nações Unidas.

Júlio Lima Málaga Espanha 1K

Assistindo pela televisão à reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas do dia 14 de Fevereiro, a propósito do Iraque, estive a observar as declaraçöes dos diferentes países, bem como a ouvir a forma em que cada um se pronunciava sobre o tema nos respectivos idiomas. Assim, o México, o Chile e a Espanha fizeram as suas declarações em Espanhol; a França, a Guiné-Conakry fizeram em Francês; a China em Chinês; a Rússia em Russo; a Alemanha em Alemão; o Iraque (país convidado) em Árabe; os Estados Unidos, o Reino Unido... em Inglês, etc. Estive durante toda a transmissão à espera de que chegasse a vez de Angola e assim poder ouvir umas palavras em Português. Que inocência a minha! Entre a surpresa e a perplexidade, ouvi o representante deste país lusófono expressar-se em Inglês. Pergunto: porquê? Confesso que fiquei triste e confuso. Acaso Angola tem vergonha da sua língua e das suas origens? Será que a língua portuguesa é uma língua minoritária falada por uns quantos desgraçadinhos que não sabem apreciar e valorizar essa identidade própria? Pensava eu que estamos a falar da terceira língua europeia mais falada no mundo, utilizada por mais de 200 milhões de pessoas em quatro continentes!... Porque é que o Chile fala em Espanhol e Angola não o faz em Português, preferindo venerar a língua de Shakespeare? O que eu sei é que, assim, a língua portuguesa e a lusofonia NÃO VÃO BEM!

Mário Morais Portugal 15K

Já foi anteriormente aqui abordado este tema (X-acto é uma marca). Esclareço a origem do nome x-acto (/xizato): trata-se da corrupção do nome comercial inglês: "x-ato", que se deveria ler /Exacto/ (X em inglês: ex). Os brasileiros chamam-lhe estilete (e não compreendem o significado de /xizato/). Penso que se poderia adoptar o nome "cortador" em alternativa ao neologismo /xisato/.

Cumprimentos

Bruno Soares Portugal 1K

Talvez levado por alguma viciação profissional, comecei por abordar de uma forma crítica o ambiente gráfico do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, que não me pareceu propriamente apelativo, o que à partida, e segundo as referências nesta área, estabelece uma directa relação com a alguma falta de consistência e rigor gráfico. No entanto, à medida que pude usufruir o conteúdo que aqui se encontra, consciencializei-me de que a forma não era realmente tudo e que o serviço aqui prestado era imensamente importante para que se pudessem elaborar quaisquer outras ressalvas. Os meus sinceros parabéns e obrigado pelo serviço público prestado. P.S. - Um ambiente gráfico mais cuidado, configuraria uma simbiose de satisfação e utilidade difícil de igualar.

Lídia Almeida Portugal 1K

Há dias, em conversa telefónica com o Sr. Dr.José Neves Henriques, foi-me por ele referido o Dicionário das Dificuldades da Língua Portuguesa. Já procurei em diversas livrarias, sem sucesso. Seria possível informarem-me qual a editora? Antecipadamente grata.

Irene Pereira Médica Portugal 1K

Ainda bem que voltaram! O vosso trabalho é excepcional. Que este sítio na Internet nunca mais sofra nenhuma "agonia"!... Para bem de todos nós! Se a um cidadão vulgar e comum como eu for possível fazer qualquer coisa para ajudar a manter o Ciberdúvidas, digam por favor. Contem desde já comigo. Continuação de bom trabalho. P.S. - Na minha profissão, não conheço dicionários portugueses dedicados só à área clínica/médica. Sabem de algum?

Eduardo A. Paglione Brasil 1K

Gostaria de aplaudir, com muita emoção, a resposta dada à pergunta feita sobre "o Português que se fala no Brasil". Sou brasileiro e leio, com o mesmo prazer, Bernardes e Pessoa, Machado e João Cabral. Tenho orgulho - como muitos outros leitores deste sítio - da língua que falo. O autor da resposta (infelizmente não há indicação de quem tenha sido) foi de uma felicidade ímpar. Há, realmente, aqui no Brasil quem defenda a "língua brasileira", desde Noel Rosa, grande compositor do início do século XX. Mas podermos falar a língua de Camões, de Vieira, de Rui, de Drummond, é um privilégio. As diferenças, como muito bem foi colocado, apenas valorizam ainda mais essa língua, que mereceu de Olavo Bilac uma de suas mais belas páginas. E merece, como foi referido, dos compositores brasileiros, o maior respeito (basta conferir «Língua», de Caetano Veloso). Parabéns ao sítio.